Terminada a Rio 2016, Moro retomará sua caçada a Lula
Agora que as Olimpíadas chegaram ao fim, o juiz Sergio Moro, do Paraná, deverá retomar a Operação Lava Jato, que não desencadeou nenhuma nova operação durante os Jogos; Ministério Público Federal já tem pronta a denúncia contra o ex-presidente por supostos benefícios recebidos de empreiteiras no apartamento no Guarujá (SP) e no sítio em Atibaia (SP); corrida da força-tarefa pretende fazer com que Lula seja rapidamente condenado para que possa ser também julgado em segunda instância; com duas condenações, ele ficaria novamente impedido de concorrer à presidência da República; Lula, no entanto, ainda apresentará vários recursos questionando a isenção de Moro e dos procuradores que o acusam; ele avalia que o objetivo de Moro é cassar seus direitos políticos
247 – A Rio 2016, que dominou o noticiário nas últimas duas semanas, deve passar o bastão ao tema que vem pautando a imprensa brasileira nos últimos dois anos: a Operação Lava Jato.
Durante os Jogos Olímpicos, o juiz Sergio Moro, que conduz a operação, não desencadeou nenhuma nova fase, mas tudo indica que, a partir de agora, ele estará disposto a mover mais peças no seu tabuleiro. E o alvo, ao que tudo indica, será o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nas últimas semanas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou vários recursos questionando a competência de Moro para julgá-lo, uma vez que os imóveis de Guarujá e Atibaia citados nas denúncias se encontram em São Paulo e não no Paraná, e também a isenção do magistrado paranaense, tanto no Brasil como no Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas. Lula também sinalizou que pode questionar a isenção até do desembargador de segunda instância, que não tem negado nenhuma decisão de Moro.
O juiz paranaense, por sua vez, tem pressa. Caso Lula seja condenado – mas não preso – até o fim do ano, o que hoje parece ser o roteiro da força-tarefa da Lava Jato, ele poderia ser rapidamente julgado em segunda instância. Com duas condenações, ele se tornaria ficha-suja, tornando-se inelegível e impedido de disputar as eleições presidenciais de 2018 – onde aparece em primeiro lugar em todas as simulações.
Lula, no entanto, tem um arsenal de recursos para apresentar nos tribunais superiores. Ele avalia que o real objetivo é torná-lo inelegível, promovendo uma cassação branca de seus direitos políticos. "A força-tarefa já o condenou e agora está procurando o crime, mas não irá encontrá-lo, porque crime não há", diz seu advogado, Cristiano Zanin Martins.
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