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Três opções para a Casa Civil: prós e contras

Palocci balana; Planalto avalia Fernando Pimentel, Paulo Bernardo (foto) e Cndido Vaccarezza; Dilma espera reportagens do fim de semana para bater o martelo

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Rodolfo Borges_247, de Brasília – A pressão sobre o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, pode não ser suficiente para derrubá-lo nos próximos dias, mas o Partido dos Trabalhadores (PT) já especula sobre possíveis nomes para substituí-lo. Na roda de apostas, estão o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e até o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Cada nome tem seus prós e contras e o fato de serem cogitados reforça a impressão de que a situação de Palocci não é tão confortável quanto o governo apresenta.

Matéria do jornal O Estado de S.Paulo desta quinta-feira mostrou que o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) informou à Polícia Federal em relatório enviado há cerca de seis meses que a empresa Projeto – consultoria apresentada por Palocci para justificar seu expressivo aumento de renda nos últimos quatro anos – realizou uma operação financeira suspeita ao comprar imóvel de R$ 6,6 milhões (505 metros quadrados) de uma empresa que estaria sofrendo investigação policial. Como as informações do jornal teriam saído de fontes do Ministério da Fazenda, ganha forma a teoria de que partem do ministro Guido Mantega os esforços para enfraquecer o chefe da Casa Civil.

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Como principal possível substituo de Palocci logo se impôs o nome de Fernando Pimentel, ministro mais próximo de Dilma Rousseff na Esplanada. A alternativa seria a mais agradável para a presidente, que conhece o amigo desde os tempos de juventude e confia nele. Pimentel tem ainda um bom histórico de administrador na Prefeitura de Belo Horizonte, mas a escolha de um mineiro seria encarada como afronta pelo PT paulista, que, comenta-se, tem interesse na queda de Palocci. Além do mais, Pimentel, que estava escalado como um dos principais coordenadores da campanha de Dilma à Presidência, teve de sair de cena depois de ser acusado de participar da formulação de um dossiê contra tucanos – à época, o grupo mineiro atribuiu a queda de Pimentel do comando da campanha ao “fogo amigo” de Palocci.

A alternativa para agradar os petistas de todo o País – e não apenas mineiros ou paulistas – está no nome de Paulo Bernardo, que foi cotado no governo de transição para assumir a Casa Civil. O nome teria força para unir o partido, mas Bernardo só assumiu o Ministério das Comunicações porque os programas de inclusão digital são a menina dos olhos de Dilma. Sua indicação para coordenar o Plano Nacional de Banda Larga, aliás, serviu como demonstração política da importância que o governo atribuía ao projeto. Estaria ela disposta a abrir mão de Paulo Bernardo numa área tão importante? Comenta-se, em Brasília, que Paulo Bernardo é, para Dilma, o que Sergio Motta foi para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Só que mais discreto.

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Correndo por fora, estaria ainda o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que diante das câmeras tem defendido a inocência de Palocci e liderou o movimento nesta quarta-feira para evitar que o ministro fosse convocado para depor no Congresso Nacional. Vaccarezza é leal ao governo, tem bom trânsito no PT e no Congresso, onde participa das articulações com Palocci, e é respeitado pelo PMDB, mas não tem a mesma força política que Pimentel e Paulo Bernardo.

Enquanto não esclarece a que empresas prestou serviço de consultoria, o ministro-chefe da Casa Civil deixa espaço para boatos. Já circula pela internet uma lista extraoficial de empresas que teriam contado com os serviços do então deputado federal Antonio Palocci. A lista é composta por grandes bancos, montadoras, fabricantes de eletrônicos e operadoras de telefonia. Os boatos provavelmente não se sustentariam diante da apresentação dos verdadeiros clientes da Projeto, mas só tendem a ganhar força enquanto o ministro insistir em não prestar mais esclarecimentos sobre o assunto.

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