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Poder

Uma turma que não vale o desgaste

A presidente deveria fazer logo as mudanças no ministério, reduzindo o número de pastas e de cargos comissionados

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Ninguém que lida direta ou indiretamente com o poder, em Brasília, tem a menor dúvida de que é enorme a corrupção no Ministério do Trabalho. Ninguém tem a menor dúvida de que o ministro Carlos Lupi aparelhou o ministério para, na “menos pior” das hipóteses, beneficiar seu partido, o PDT, e políticos da legenda. Na verdade mesmo, poucos acreditam que o imenso desvio de recursos teve destino apenas “institucional”.

Não há provas, bradarão. Há sim, e muitas. Basta verificar na Controladoria Geral da União e no Ministério Público. Mas não contra o ministro, dirão. Pode ser, mas mais uma vez um fato secundário é colocado no lugar do principal: o ministro, no mínimo, não soube administrar seu ministério. Não tem, seguramente, a menor condição de administrar uma pasta como a da Pesca (onde também há muita coisa errada), quanto mais a do Trabalho. E ainda por cima é mentiroso em primeiro grau. Pior: mentiroso metido a malandro.

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O que é mais lamentável de tudo isso é que políticos e partidos tradicionalmente tidos como de esquerda se deixam envolver na defesa de pessoas indefensáveis como Antonio Palocci, Orlando Silva e Carlos Lupi, entre outros. E aleguem que fazem isso porque as denúncias de corrupção vêm da oposição e de órgãos de imprensa que nitidamente não aprovam o governo encabeçado pelo PT.

Não que não seja verdade, embora as denúncias partam também de setores de esquerda e segmentos não oposicionistas. Mas que oposição, parlamentar, política ou midiática, não faz denúncias de corrupção contra o governo e não procura obter dividendos políticos disso? A questão não é proteger corruptos porque a acusação vem do outro lado, é defender os inocentes e extirpar os corruptos. E, entre os inúmeros denunciados no dia a dia, certamente há inocentes.

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Num ambiente positivo sob o ponto de vista econômico, com a maioria da população satisfeita com a melhoria da vida e a ascensão social, as denúncias de corrupção e a conivência com os corruptos têm menos efeito. Mas se a situação econômica se deteriora e a qualidade de vida cai, o assunto é visto de outra maneira. Esse é um risco real.

Um Palocci, um Orlando ou um Lupi – só para falar em alguns dos mais visíveis – não valem o desgaste que estão sofrendo o governo, a presidente, o PT, os demais partidos que sempre tiveram um discurso anticorrupção. E um desgaste que pode aumentar, dependendo das circunstâncias.

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A presidente Dilma poderia agir com mais rapidez e fazer logo as mudanças no seu gabinete de ministros. Mas não apenas trocar pessoas. Deveria reduzir substancialmente o número de pastas, diminuir o número de cargos de livre provimento e nomear pessoas idôneas para os ministérios. Avisando: quem fizer malfeito, cai fora. Com o prestígio que a presidente tem e que seria ainda maior, a tal base aliada ia piar fininho. Vale a aposta.

Os que seriam demitidos nessa reforma ministerial não iriam passar mal o Natal e o Ano-novo. As ceias dos que perderiam as funções serão fartas de qualquer jeito. E talvez no exterior.

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