Vereador do PT pode ter sido assassinado
Marcelino Chiarello apareceu enforcado em Chapec, mas a polcia j considera nula a possibilidade de suicdio; ministra Ideli Salvatti, que de Santa Catarina, denuncia crime poltico; vereador vinha denunciando a corrupo local
O caso do vereador Marcelino Chiarello (PT), que apareceu enforcado no quarto de sua casa na manhã de ontem, em Chapecó (SC), passou a ser tratado como homicídio. "É praticamente nula a possibilidade de suicídio. Os laudos periciais estão sendo analisados, mas pelas evidências materiais, se trata de um homicídio", comentou Ronaldo Moretto, um dos seis delegados da Polícia Civil responsáveis pelo caso.
"O tamanho da laçada ao redor do pescoço evidenciando que houve tensão antes que o corpo fosse suspendido é uma das constatações", afirmou Moretto. O caso foi interpretado pela ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, como um crime político, segundo transmitiu a deputada estadual Luciane Carminatti (PT).
Chiarello foi encontrado morto pela esposa, suspenso por uma alça de mochila na janela de seu quarto no final da manhã de ontem. Segundo Moretto, o resultado dos laudos periciais serão divulgados nos próximos 30 dias tão logo sejam feitas as oitivas das várias testemunhas. O caso chocou a comunidade chapecoense, principalmente os dirigentes do partido que a vítima era filiada. Cerca de 48 horas antes de aparecer morto, Chiaretto havia comentado com colegas que precisava de proteção policial, mas não chegou a encaminhar o pedido à polícia.
O secretário-geral do PT em Santa Catarina, José Roberto Paludo, disse que as supostas ameaças tinham relação com as denuncias do vereador aos casos de corrupção e de desvios de finalidades das ações públicas do governo municipal de Chapecó, inicialmente contra o ex-prefeito e atual secretário estadual de Agricultura João Rodrigues (DEM) e depois contra o atual prefeito José Claudio Caramori (PSD).
Por meio de sua assessoria de imprensa, o prefeito Caramori sustenta desconhecer os fundamentos das denúncias que o envolvem no caso de irregularidades administrativas e que não vai se manifestar até que exista uma conclusão definitiva da justiça. Hoje, data do sepultamento de Chiarello, ele suspendeu algumas atividades públicas do programa de festividades natalinas em respeito à família. "Lamentamos profundamente que um cidadão da importância do Marcelino tenha tido este fim. Esperamos que o mais rapidamente possível sejam apurados os porquês e os causadores desta tragédia", pronunciou-se o prefeito de Chapecó José Claudio Caramori (PSD) em uma entrevista a uma emissora de rádio local.
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