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Brasília

"A democracia resistiu, mas é preciso ficar atento", diz juiz responsável por conduzir processos do 8 de janeiro no DF

O desembargador José Cruz Macedo, presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, afirma que o 8 de janeiro "é uma mancha que vai ficar na história"

(Foto: Reprodução/OAB)
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247 - Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o desembargador José Cruz Macedo, presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, afirma que os ataques antidemocráticos foram uma “mancha” na história de Brasília, mas elogia a reação das instituições.

"[O 8 de janeiro] Foi uma mancha que ficou na nossa democracia. É um episódio que a gente não pode esquecer, para a gente ficar atento e atuar preventivamente. Uma atuação firme da própria Polícia Militar teria evitado o ataque. Bastava conter a praça ali na Catedral, e certamente não haveria aquela invasão", afirmou o magistrado que é responsável por conduzir 1.403 audiências de custódia com os presos do 8 de janeiro.

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"O 8 de janeiro marcou a nossa sociedade. É uma mancha que vai ficar na história. Mas houve uma boa reação das instituições e da sociedade. Eu estava me deslocando para Brasília. Assisti às primeiras cenas em uma televisão, próximo da estrada. Eu fiquei impressionado. Disse a mim mesmo: ‘Não é possível que esteja acontecendo isso’. Estou há 43 anos em Brasília, e as nossas forças de segurança estão acostumadas a lidar com manifestações", relata.

Sem citar nomes, o desembargador diz que "houve uma ação direcionada para criticar o Poder Judiciário, e isso potencializou as pessoas que criticam e têm desconforto com as ações judiciais, sobretudo com a atuação do Supremo Tribunal Federal na defesa da democracia — porque foi o Supremo, principalmente, quem garantiu essa democracia".

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Ainda sobre a reação das instituições, o magistrado diz que a cena de todos os chefes de Poderes unidos, e com um só pensamento: a defesa da democracia foi o mais importante.

"Porque isso realmente foi um atentado. Pode-se ter divergências ideológicas ou políticas, mas é preciso que todos estejam comprometidos com a defesa da democracia. A principal regra constitucional é a sustentação do país por meio de um regime Democrático de Direito. Isso é o que nossa Constituição estabelece. Penso que todos têm que pensar nessa mesma direção", salientou.

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"A democracia resistiu. E resistiu bem. Esse período da nossa Constituição (Cruz Macedo põe a mão sobre o livro) é o maior período de vida democrática da nossa nação. É um período curto, mas são 35 anos. Eu nunca tinha vivido um período tão longo como esse, sem ruptura. Eu vim votar para o presidente da República nos anos 1990. Nós sequer tínhamos eleições. A democracia realmente resistiu, mas é preciso ficar atento. Temos que manter uma atuação segura na defesa da democracia. Isso depende da conscientização das pessoas, do cidadão e do acompanhamento das instituições. Podemos dizer que ela sobreviveu a um ataque fortíssimo", acrescentou.

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