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Brasília

A existência do elemento servil é a maior das abominações

É claro que todos nós, cidadãos e com reputação a zelar, queremos o desfecho da operação Caixa de Pandora

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Ao ler o artigo “Quem nos restituirá os R$ 2,5 bi que a Caixa de Pandora levou?“ assinado pelo deputado Chico Vigilante (também conhecido como Chico Gambiarra), fiquei matutando sobre a sua verdadeira motivação.

Incomodava-me não apenas o discurso chapa branca, mas, em especial, o que cada linha do longo texto deixava transparecer: o desespero na base do Executivo do Distrito Federal.

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Montado em acusações que ainda estão sendo analisadas pela Justiça, o palavrório lança mão da mais velha e desgastada ferramenta de defesa que alguém pode utilizar: acusar para tentar ocultar o inocultável. Tentou o autor criar uma cortina de fumaça que esconda, mesmo que de forma precária, a realidade que todo cidadão do Distrito Federal está cansado de saber: nunca antes, na história da capital federal, houve um governo tão ineficiente, insensível, incompetente e encurralado por tantas denuncias de roubalheiras.

O autor, ao que tudo indica, preferiu “esquecer” que o governo Arruda terminou há dois anos, e que suas ações certamente serão avaliadas pela história e pelo Poder Judiciário, que após o processo regular e dentro da lei, saberá escrever a verdadeira história contida na operação denominada Caixa de Pandora.

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O ex-governador Arruda passa, hoje, mais tempo em São Paulo que em Brasília, aguardando o resultado dos processos judiciais. Mas é a ele que se dirigem as críticas do autor do artigo, como se tivesse saído anteontem do Palácio do Buriti. Por que será?

Ora, resta evidente que o autor tenta ardilosamente enganar a população chamando a atenção para fatos passados, ainda sob análise do Judiciário, como se isso tiver o condão de fazer desaparecer as desgraças que o governo Agnelo trouxe para a população do DF.

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Relembra com muita propriedade o autor inúmeras frases de Durval Barbosa – mas convenientemente “esquece” quando o mesmo, ouvido na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CDLF), respondendo às perguntas da deputada Erika Kokay, disse em alto e bom som que “tinha gente do PT também“.

Hoje, Chico Gambiarra ataca Arruda e Roriz, mas se esquece de contar quantas vezes entrou pela porta dos fundos, às escondidas, em Águas Claras, quando ambos eram governadores. Aliás, esquece também de dizer o que ia tratar em tais ocasiões, sendo como era oposição. Uma oposição que se esvanecia nos rapapés e na deferência com que tratava quem estava no poder, na tentativa de implementar demandas que alavancassem sua candidatura. Talvez boa parte da ferocidade com que hoje ataca o ex-governador Arruda venha do fato de nunca ter encontrado acolhimento para eventuais reivindicações que não fossem contempladas pelo plano maior de governos bem sucedidos e bem avaliados pela população, como sempre foram os dois citados.

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Dito isso, é fácil perceber que o deputado, vestindo uma roupa de moralidade que não lhe serve, destila seu ressentimento com o pretexto de ajudar a base a desviar a atenção da população, para que ela não veja a incompetência e o mar de lama da corrupção que corrói o governo Agnelo.

Decorridos apenas 11 meses de um governo já envelhecido pela podridão fétida da corrupção, a população sente na própria pele que os hospitais foram transformados em necrotérios, as escolas não funcionam, as vilas olímpicas foram fechadas, a bandidagem toma conta das ruas, as pistas estão esburacadas, as obras, inacabadas e um governo mentiroso dizendo na televisão que tudo melhorou no DF.

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Como se não bastassem todos esses infortúnios, a população começa a perceber também, graças à imprensa nacional, que a corrupção está entranhada no governo e que os governantes não estão preocupados em resolver os problemas que a afligem, mas em encobrir as gravíssimas denúncias que teimosamente insistem em escapar ao seu controle.

É claro que todos nós, cidadãos e com reputação a zelar, queremos o desfecho da operação Caixa de Pandora.

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Mas queremos também saber por que o deputado Chico Vigilante/Gambiarra e o governador Agnelo receberam “doação” de empresa fantasma para campanha.

Queremos saber o que faz o deputado nos porões do Conic.

Queremos saber por que o governador mentiu, dizendo que não tinha relação com João Dias, se depois se comprovou que são amigos a ponto de este, quando preso na Operação Shao Lin, pedir ao governador que indicasse os advogados para defendê-lo.

Queremos saber também por que o governador mentiu dizendo que não era amigo do lobista Daniel e depois, quando revelado o vídeo, “lembrou” do amigo, e lembrou, inclusive, que lhe emprestara R$5.000,00;

Enfim deputado, muitas perguntas ainda estão sem respostas, e certamente o senhor prestaria um grande favor se pudesse esclarecer algumas, inclusive informando quem foi o intermediário, e a que custo, que “convenceu” Daniel a desmentir a si próprio, numa cena patética.

Finalmente, seria bom o deputado esclarecer quem está pagando para obter dossiês com informações falsas contra quem ousa se opor à corrupção e à incompetência do governo Agnelo. Será pedir demais?

Raimundo Ribeiro é advogado

A frase que intitula este artigo é de autoria de Rui Barbosa.

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