Advogado preso na Lava Jato arrendou as emissoras de Paulo Otávio
Preso na operação deflagrada pela Polícia Federal na última quinta-feira (18), o advogado Willer Tomaz de Souza teria vendido influência e cobrado R$ 8 milhões em honorários de Joesley e Wesley Batista, para defender os interesses da JBS, na 10ª Vara Federal Criminal de Brasília, onde tramitam ações referentes à Operação Greenfield. Ele alegava proximidade com o juiz substituto Ricardo Soares Leite. Além de advogado, Willer também virou empresário de mídia. Recentemente, ele arrendou quatro rádios que pertencem ao ex-vice-governador do DF Paulo Octávio. Ele também estava envolvido em um projeto para expandir sua atuação no ramo das comunicações no Maranhão
Brasília 247 - Preso na operação deflagrada pela Polícia Federal nesta última quinta-feira (18), o advogado Willer Tomaz de Souza teria vendido influência e cobrado R$ 8 milhões em honorários de Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, para defender os interesses do grupo. Em delação, Joesley afirmou que o advogado pediu mesada de R$ 50 mil para comprar informações privilegiadas de um procurador integrante da Lava Jato.
De acordo com Joesley, Willer alegava proximidade com o juiz substituto da 10ª Vara Federal Criminal de Brasília Ricardo Soares Leite, onde tramitam ações referentes à Operação Greenfield. O relato de Joesley e de um de seus assessores mais próximos, o advogado Francisco de Assis e Silva, também atinge outro expoente da advocacia brasiliense, o presidente da OAB-DF, Juliano Costa Couto. Segundo Francisco de Assis, Juliano teria intermediado a indicação de Willer para Joesley em troca de um terço dos honorários acertados por Willer. Costa Couto confessou a indicação, mas negou irregularidades.
Em menos de uma década de atuação, Willer acumulou vários clientes, a maioria políticos. Ele começou com uma loja de informática, em Taguatinga, a Willer Informática, aberta em 1999. Também abriu escritório em Vitória (ES).
Willer também foi para o mundo dos negócios e, recentemente, como empresário de mídia. Ele arrendou quatro rádios que pertencem ao ex-vice-governador do DF Paulo Octávio, de quem se aproximou no último ano.
O advogado estaria participando das transações de venda do Sistema Difusora de Comunicação no Maranhão, sendo intermediador de recursos financeiros para a compra do conglomerado. O acerto envolveria o empresário Edson Lobão Filho, suplente e filho do senador e ex-ministro das Minas e Energias (2008 a 2010) Edson Lobão (PMDB-MA), e o deputado federal Weverton Rocha (PDT-MA). Lobão Filho era o dono do grupo e Weverton, que já foi representado na Justiça Eleitoral por Willer, pretendia assumir as empresas. O negócio não foi concluído por pendências judiciais.
Com informações de http://www.metropoles.com
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