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    Bancada evangélica agride Estado laico na Câmara

    Com cartazes com cenas de sexo explícito e imagens sagradas, dezenas de parlamentares da bancada evangélica espancaram o Estado laico nessa quarta-feira 10 ao protestar contra a Parada Gay de São Paulo, que aconteceu no último domingo; com apoio do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que também é evangélico, o grupo rezou o Pai-Nosso de mãos dadas e encerrou a manifestação bradando "viva Jesus Cristo"

    Com cartazes com cenas de sexo explícito e imagens sagradas, dezenas de parlamentares da bancada evangélica espancaram o Estado laico nessa quarta-feira 10 ao protestar contra a Parada Gay de São Paulo, que aconteceu no último domingo; com apoio do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que também é evangélico, o grupo rezou o Pai-Nosso de mãos dadas e encerrou a manifestação bradando "viva Jesus Cristo" (Foto: Aquiles Lins)
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    Brasília 247 - Sob a presidência do também evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dezenas de parlamentares da bancada evangélica interromperam nessa quarta-feira, 10, a sessão do Plenário que discutia o fim do voto obrigatório para protestar contra a Parada Gay que aconteceu em São Paulo no último domingo (7).

    Com cartazes com cenas de sexo explícito e imagens sagradas, dezenas de parlamentares adentraram o plenário aos gritos de "respeito" e "família". Eles contornaram os assentos dos parlamentares e subiram para a mesa e tribunas do plenário. De mãos dadas, rezaram o Pai-Nosso e encerraram a manifestação bradando "viva Jesus Cristo".

    O deputado Roberto Freire (PPS-SP) reclamou do ato, que desrespeitou o Estado laico brasileiro e que em nenhum momento foi repreendido pelo presidente da Casa. "Eu respeitei a manifestação mas não pode ter nenhuma reza neste plenário. Tem que se respeitar o plenário", afirmou. Ele foi vaiado por alguns deputados da bancada evangélica. "Vamos respeitar a República laica brasileira", completou.

    Autor de um projeto de lei, protocolado nesta semana, que torna crime hediondo a profanação de símbolos religiosos e a discriminação de religiões, chamada de "cristofobia", o deputado Rogério Rosso (PDT-DF) fez um discurso em seguida. Ele afirmou que os manifestantes pró-LGBT estão "fazendo o que ninguém imaginava, que é unir todas as religiões". Outros deputados da bancada também discursaram contra a Parada Gay.

     

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