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Brasília

Caiado associa MST ao tráfico de drogas e gera confusão em CPI

Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, causa polêmica ao criticar o MST durante audiência na CPI

Governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado (Foto: Alan Santos/PR)
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247 — Nesta quarta-feira (31), durante uma audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Câmara dos Deputados, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, protagonizou uma confusão ao associar o MST ao tráfico de drogas. Suas declarações geraram revolta das deputadas Sâmia Bomfim (PSol-SP) e Talíria Petrone (PSol-RJ).

No plenário, Caiado afirmou que o MST "não existe" e acusou o movimento de não ter "compromisso com a transparência". Além disso, o governador associou o grupo ao tráfico de drogas e ao trabalho análogo à escravidão. Ele declarou: "O MST não existe, não tem entidade, não tem estatuto. Não tem pessoa física que o represente, não tem CNPJ. Onde é que está rotulado de movimento? Não tem nenhum compromisso com a transparência."

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Caiado também afirmou que não existem assentamentos do MST em Goiás, e que a polícia do estado está presente em todos os lugares. Ele chegou a relacionar o movimento ao tráfico de drogas, afirmando: "As pessoas que faziam tráfico de drogas se resguardavam nesses assentamentos de ocupação que eram feitas para dali levar adiante o que era o tráfico de drogas, que passou a ser uma das fontes...", porém, foi interrompido pelos protestos de Sâmia e Talíria.

Ronaldo Caiado é um tradicional líder ruralista e participou da fundação da União Democrática Ruralista (UDR) nos anos 80. Sua presença na CPI foi solicitada pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que afirmou que a participação do governador enriqueceria o debate, já que o estado de Goiás não possui ocupações do MST.

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A confusão na CPI se intensificou quando as deputadas Sâmia e Talíria protestaram contra o discurso de Caiado. O deputado Abílio Brunini (PL-MT) também se posicionou à frente das parlamentares, bloqueando sua visão. O presidente da comissão, Tenente Coronel Zuccho (Republicanos-RS), pediu a Brunini que se sentasse para dar continuidade à sessão, enquanto Caiado destacou que "conhece o regimento da casa" e enfatizou que o parlamento não pode ficar envolvido em bate-bocas.

A presença de Caiado na CPI gerou fortes reações e aumentou a tensão no debate sobre a atuação do MST.

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Nas redes sociais, a deputada federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, criticou Caiado.

“Governador Ronaldo Caiado, desde o começo dizendo que o MST é criminoso, vem dizer que o Brasil não aguenta mais divergências, polarização. Quem estimula a violência são eles que propagam mentiras sobre o movimento. Quando os bolsonaristas falam de bandidos e criminosos, na verdade estão falando de 450 mil famílias que trabalham de sol a sol”.

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“Alerta de Fake News! Na CPI, governador de Goiás tá extrapolando, acusando MST de crimes, envolvimento com narcotráfico e dizendo que o movimento é clandestino. Mentira!!! TODA atividade do MST é registrada com a prestação de contas devidamente feita aos órgãos públicos.”

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“Relator e bolsonaristas da CPI do MST estão misturando ações de outros movimentos pra gerar confusão e culpar o MST sobre o que não é de sua responsabilidade. É um jogo muito sujo que estão fazendo.”

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