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Brasília

Câmara do DF se prepara para depoimento "decisivo" de Heleno sobre o terrorismo de 8 de janeiro

Para além das possíveis omissões, os parlamentares querem desvendar ações do ex-ministro do GSI que teriam incentivado a tentativa de golpe de estado que ocorreu

Augusto Heleno (Foto: Marcos Corrêa/PR | Joédson Alves/Agencia Brasil)
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247 - Os deputados distritais consideram o novo depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos como "decisivo". Na próxima quinta-feira (1), o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) general Augusto Heleno comparecerá à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Os parlamentares da bancada de esquerda estão preparando perguntas que visam esclarecer não apenas omissões, mas também possíveis ações de Heleno que possam ter incentivado a tentativa de golpe de estado que ocorreu no dia 8 de janeiro deste ano. O general, que foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), respondeu "não" quando bolsonaristas perguntaram se "bandido sobe a rampa" em dezembro de 2022, referindo-se a um suposto cancelamento da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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“Vejo como um depoimento decisivo, porque vai ser o primeiro de um ex-ministro de Bolsonaro. Há um caminho de investigação que busca esclarecer quem foram os incentivadores e apoiadores do golpe. Tem gente que pensou, coordenou e planejou o golpe. Muita gente próxima ao governo cumpria esse papel, muita gente ligada ao general Heleno atuava ou incentivava os atos do dia 8”, afirmou o deputado distrital Fábio Felix (Psol), membro da CPI, ao Metrópoles.

Heleno já havia sido convidado a prestar esclarecimentos, mas acabou desistindo no último momento. Após novas reuniões com assessores parlamentares do Exército, o general confirmou sua presença na próxima quinta-feira (1º). Outro participante da Comissão que pode apresentar questionamentos mais incisivos sobre os atentados contra a democracia é o petista Gabriel Magno. “Já há indícios que mostram omissão, pelo menos, de parcela importante do Exército e das forças de segurança. Não das instituições, de maneira geral, mas de pessoas que tiveram omissão nítida. E temos de observar se há ainda ação. O plano de golpe foi pensado e planejado. Em algum momento teve ruptura, mas tentaram executar. É importante avaliar de onde surgiu, quem participaria e qual o possível papel do GSI nesse processo de articulação e mobilização".

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A CPI também abordará outros pontos, como a permanência do acampamento golpista em uma área do Setor Militar Urbano (SMU) e a nota emitida pelas Forças Armadas que deu confiança aos bolsonaristas ao alegar a suposta legalidade dessas manifestações. Max Maciel (Psol), por exemplo, pretende questionar esses temas. “Considerando a nota dos comandantes das Forças Armadas sobre os acampamentos em frente aos quartéis, a Constituição Federal autoriza as Forças Armadas a se engajarem ou mediarem conflitos políticos? Qual era a relação entre o general Heleno e as lideranças presentes no acampamento do QG em Brasília?”, pondera.

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