Codeplan: DF tem 115 mil famílias sem rede esgoto

Brasília 247 - A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) obteve dados apontando que mais de 115 mil famílias vivem sem acesso a rede de esgoto. A Caesb tenta resolver o problema, que se concentra principalmente nas regiões administrativas de Ceilândia, Vicente Pires e Sobradinho II, com fossas sépticas e rudimentares. Segundo os moradores, a solução traz mau cheiro e riscos à saúde. De acordo com a Caesb, R$ 50 milhões são gastos anualmente com a rede de esgoto geral no DF. Ao todo, 88% da população da capital do país têm acesso ao serviço.

De acordo com a gerente de pesquisas socioeconômicas da Codeplan, Iraci Peixoto, as substituições são  adequadas. "Essas fossas são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico. São medidas mais baratas que auxiliam em regiões que não têm uma rede geral. Mesmo assim, não podemos esquecer que a medida não é completa como numa estação de tratamento de esgotos", disse.

A última pesquisa da Codeplan, feita em 2013, apontou que a região de Ceilândia era a que mais apresentava esgotamento a céu aberto. São 79 residências com o problema. Depois vem Sobradinho, com 25. As informações são do G1.

"Os domicílios mais afetados são aqueles localizados em regiões que foram criadas recentemente e até locais invadidos. As pesquisas, quando terminadas, são encaminhadas para a Casa Civil. Na hora da divulgação, chamamos sempre o administrador da cidade. Ele é o responsável por trabalhar e lutar para que sua cidade seja beneficiada com o sistema de rede geral", explica Iraci.

De acordo com a Secretaria de Saúde, as principais doenças causadas pelo esgoto são a diarreia, leptospirose, rotavirose, hepatite A e esquistossomose. As principais medidas de prevenção estão relacionadas a boa higiene: beber água filtrada, lavar bem os alimentos antes de consumi-los, e tomar cuidado ao manusear locais onde possa haver água contaminada.