CPI convoca Okamoto e quebra sigilos de Dirceu

247 - A CPI da Petrobras aprovou a convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto e do tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, José de Filippi. Também foi aprovada a quebra dos sigilos telefônico, fiscal e bancário de vários acusados de envolvimento no esquema investigado pela Lava Jato, dentre eles os do ex-ministro José Dirceu, no período compreendido entre janeiro de 2005 e janeiro de 2015.

A Comissão também aprovou a realização de acareações do ex-tesoureiro do PT José Vaccari Neto com os delatores Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, e do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. 

Os membros da CPI da Petrobras também aprovaram a quebra dos sigilos do lobista da SBM Offshore Júlio Faerman, além de seus familiares e sócios. Em relação as acareações, também foram aprovados requerimentos convocando o ex-diretor de Engenharia da estatal Renato Duque, além do ex-presidente José Sérgio Gabrielli.

Os parlamentares do PT que integram a CPI protestaram contra a aprovação dos requerimentos durante a sessão conduzida pelo presidente Hugo Motta (PMDB-PB). A aprovação foi vista por eles como uma tentativa de constranger o partido às vésperas da realização do Congresso do PT, que começa nesta quinta-feira (11), em Salvador (BA). No momento da votação, Motta deixou a sessão e foi substituído pelo vice-presidente da comissão, Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

"Não aceitamos esse circo de expor o PT no dia da abertura do congresso do PT. Está havendo uma manipulação da comissão para expor apenas o PT e nós vamos denunciar", disse o deputado Afonso Florence (PT-BA). Já o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), disse que o PT está na alça de mira pelo fato de "bandidos" estarem dentro do partido e terem sido presos. "O PT se autodesgastou com condutas criminosas, ação de bandidos de quinta categoria que assaltaram a Petrobras e agora quer nos culpar. Bandidos do PT estão presos", disparou o tucano.