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Crescem pedidos de impeachment de Bolsonaro, mas Lira sinaliza que não devem avançar

Desde que assumiu a presidência da Câmara, há menos de três meses, o deputado Arthur Lira (PP-AL) já recebeu um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro a cada um dia e meio, aproximadamente

Arthur Lira (Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

247 - Menos de três meses após ser eleito presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), já recebeu 50 novos pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro, ou uma peça a cada um dia e meio, aproximadamente. Mas o parlamentar não pretende abrir um processo contra Bolsonaro na Câmara sob a justificativa de que o seu antecessor no comando da Casa, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), não deu andamento às ações.

De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o atual presidente da Câmara também afirmou que não há clima para abrir um processo de impeachment contra Bolsonaro, o mesmo argumento que usa para sabotar a CPI da Covid. 

Tânia Oliveira, da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), criticou o poder concentrado no presidente da Câmara para decidir se acolhe ou não os pedidos de impeachment. "Em algum momento tem de ser revisto, porque é sem precedente", afirmou. 

Segundo ela, a pandemia de Covid-19 impede que os deputados sintam um dos principais termômetros que pesam em aberturas de impeachment: a pressão popular. "A pandemia que empareda Bolsonaro é o que impede que as pessoas vão para a rua manifestar a rejeição. Quem sabe essa união não cria um expediente que pressione o Lira a acatar [o pedido]?"

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) afirmou ser "inacreditável o silêncio da Câmara dos Deputados". "Quem silencia diante do genocídio é cúmplice", afirmou.

"Não temos dúvida que Bolsonaro será condenado pelos crimes contra a humanidade que cometeu. Mas precisamos fazer toda a unidade de ação possível e pressão sobre Lira para que seja impitimado em 2021".

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