CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasília

Deputadas protestam contra Bolsonaro: “isso é quebra de decoro”

A líder da minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que Bolsonaro precisará responder na Justiça por sua fala contra Patrícia Campos Mello. “Não há muito o que esperar dessa criatura neandertal que se acocora na poltrona presidencial", declarou. Confira outras repercussões de parlamentares

Jair Bolsonaro e Patricia Campos Mello (Foto: Reuters | Alice Vergueiro/Abraji)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Nathalia Bignon, para o 247 - Deputadas se uniram nesta terça-feira (18) para condenar mais um ataque de Jair Bolsonaro à jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo. Após fazer uma declaração com insinuação sexual contra a repórter, o presidente voltou a inflamar os ânimos da representação feminina na Casa, que não pouparam críticas à postura do mandatário.

“Temos um presidente machista. Querer desqualificar uma profissional com insinuações sexuais é uma forma clássica da misoginia. E as mulheres sabem disso. Isso é quebra de decoro. Repugnante! Nojento!”, declarou Talíria Petrone, deputada eleita pelo PSOL-RJ. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Colegas de partido, Fernanda Melchionna (RS) e Sâmia Bomfim (SP) também aproveitaram a fala presidencial para reforçar a luta contra o machismo. “Bolsonaro é um machista que sente prazer em ofender mulheres e desrespeitar a imprensa. Mais uma declaração que apenas mostra o presidente irresponsável e de baixo nível que temos. Machistas, não passarão”, disse Melchionna. 

#EleNão

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Fazendo referência às manifestações durantes a campanha eleitoral de 2018, Sâmia afirmou que a declaração é um incentivo à luta feminina. “Quando gritamos #EleNão, teve quem nos chamasse de histéricas. Bolsonaro sempre foi misógino, sempre se mostrou violento, sempre odiou a imprensa. Agora temos que lutar juntas, as que sabiam antes e as que descobriram agora, para derrubar esse governo machista”, convocou. 

Relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das Fake News, a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) chamou de grotesca a declaração de Bolsonaro. “Atitude covarde, descabida e grotesca do presidente da República com a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha. Em mais de 30 anos de vida pública, nunca imaginei ver algo tão ridículo de um mandatário da Nação”, declarou. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Sem espaço para Neandertal

Já a líder da minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que o presidente precisará responder na Justiça pela sua fala. “Bolsonaro tem que responder na Justiça à 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Patrícia Campos Mello pela insinuação criminosa feita hoje. Não há muito o que esperar dessa criatura neandertal que se acocora na poltrona presidencial. No mais, não vou divulgar o vídeo da fala asquerosa. É o que ele quer de nós, mas não terá”, disse a parlamentar. 

Aderindo ao boicote da colega, Perpétua Almeida (AC) pediu união para superar o machismo ainda existente no país. “Eu não vou colocar aqui a fala vil, ordinária e misógina do Presidente sobre a jornalista Patrícia Campos Mello. Precisamos nos unir para defender nossa democracia, exigir deste senhor postura de um presidente e combater o machismo! Minha solidariedade”, disse. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Violência de gênero

Também do PCdoB, Alice Portugal (BA) apontou que a fala do presidente só colabora com a violência contra as mulheres. “Bolsonaro insulta com insinuação sexual à jornalista  Patrícia Campos Mello. Mais um episódio grotesco de violência contra a mulher, ataque covarde. Todo nosso repúdio. Não vamos tolerar!!!!”. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A mensagem contra a misoginia também foi transmitida pela deputada Luizianne Lins, do PT-CE. “Incapaz de governar, Bolsonaro volta a agredir com acusações de cunho sexual jornalista da Folha de SP. Patrícia Campos Mello vem revelando a ligação da família Bolsonaro com a disseminação organizada de fake news. Não nos calaremos!”, protestou.  

Solidariedade

Cobrando respeito à democracia e à Constituição, Margarida Salomão (PT-MG) pediu #ForaBolsonaro e prestou apoio à jornalista listando os erros presidenciais. “Todos os dias Bolsonaro testa os limites da democracia. Todos os dias ele mente. Todos os dias, portanto, Bolsonaro comete crimes. Crimes contra o decoro, contra as mulheres, contra a democracia. Está na hora de pagar por seus erros.”

Representante do PT-DF, Érika Kokay foi outra parlamentar a prestar solidariedade à jornalista.“Nojo da declaração machista e sexista de Bolsonaro contra jornalista da Folha que revelou ao Brasil e ao mundo o esquema criminoso de disparos em massa de fake news nas eleições de 2018, pagos com caixa 2 empresarial. Toda solidariedade à Patrícia”, escreveu em suas redes. 

PSL

E até o PSL, antigo partido de Jair Bolsonaro, aderiu ao coro de repúdio. Pelo Twitter, o partido condenou os ataques à jornalista. “O PSL preza pela liberdade de imprensa e respeito pelos indivíduos. As agressões contra a jornalista Patrícia Campos Mello são inaceitáveis e merecem o repúdio dos brasileiros de bem. A atitude, além de ofensiva, demonstra pouco apreço pela democracia”. 

A fala

Jair Bolsonaro fazia referência ao depoimento de Hans River, ex-funcionário da Yacows, empresa suspeita de disparo em massa de fake news para Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. No último dia 11 de fevereiro, em depoimento à CPMI das Fake News, River foi acusado de mentir e não apresentar provas de sua fala durante a acareação feita no Senado, a fim de desviar a atenção da opinião pública.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO