Dodge, que segurou investigações contra Bolsonaro, agora pede que STF defenda a democracia
Na última sessão que participou como procuradora-geral da República, Raquel Dodge pediu nesta quinta-feira que o STF fique alerta para sinais de pressão contra a democracia, uma vez que há no Brasil e no mundo “vozes contrárias ao regime de leis”



247 - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) defenda a democracia, ao participar da última sessão na Corte nesta quinta-feira 12. Seu mandato se encerra na próxima terça-feira 17. Para o seu lugar, foi indicado o procurador Augusto Aras, que ainda será submetido a sabatina no Senado. Segundo Raquel Dodge, há no Brasil e no mundo “vozes contrárias ao regime de leis”.
"Faço um alerta para que fiquem atentos a todos os sinais de pressão sobre a democracia liberal, vez que no Brasil e no mundo surgem vozes contrárias ao regime de leis, ao respeito aos direitos fundamentais e ao meio ambiente sadio também para as futuras gerações. Neste cenário, é grave a responsabilidade do Ministério Público e do Supremo Tribunal Federal, seja para acionar o sistema de freios e contrapesos, seja para manter leis válidas perante a Constituição, seja para proteger o direito e a segurança de todos, seja para defender minorias", declarou em seu discurso.
No período em que articulava a sua recondução ao cargo de chefe do Ministério Público Federal por mais dois anos, Dodge segurou por mais de 120 dias investigações sobre o presidente Jair Bolsonaro (PSL), informou reportagem da Folha de S.Paulo. Somente no dia 6 de agosto, ela desengavetou os papéis e os mandou de volta para a primeira instância. Na ocasião, seu nome havia perdido força na disputa para seguir no posto.
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