Em conversa grampeada, senador põe gabinete à disposição de prostituta
Conversas telefônicas interceptadas pela polícia de Brasília mostra como senadores e deputados auxiliam redes de prostituição no Distrito Federal; um dos políticos, um senador da região Norte, colocou funcionários do seu gabinete para auxiliar uma das garotas de programa a se estabelecer na capital federal
Brasília 247 - A Polícia Civil do Distrito Federal investiga uma rede de prostituição interestadual alastrada no DF e com influência em gabinetes políticos, aponta reportagem do site Metrópoles, de Brasília.
Grampos telefônicos revelaram a proximidade entre cafetões dessas redes e parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Um dos políticos chegou a colocar parte de sua equipe, paga com dinheiro público, à disposição de uma das garotas de programa.
O inquérito aberto pela polícia investiga a conexão entre agenciadores do DF e do Sul do país. O cafetão, de Porto Alegre, costuma utilizar as garotas de programa como uma espécie de “cartão de visita” para se aproximar dos políticos. Um dos deputados é de SP, outro do RJ e o senador é da Região Norte do Brasil.
Durante a conversa com a garota de programa, o senador coloca seu gabinete à disposição para ajudá-la a se fixar em Brasília. Ela agradece e diz que pretende fazer faculdade no DF. O senador insiste em encontrá-la assim que ela chegasse em Brasília. Os nomes dos parlamentares estão sendo mantidos em sigilo pela polícia para não atrapalhar a investigação. Para investigá-los, por conta do foro privilegiado, será preciso pedir autorização ao STF.
O esquema para atrair as moças começa por buscar jovens em dificuldades financeiras no interior do RS. O cafetão promete hospedá-las no DF e uma carteira de clientes. Fotos das garotas são publicadas em um site adulto. Ao chegar em Brasília, elas ficam em imóveis alugados pelos criminosos. Os agenciadores alugam os imóveis e sublocam as acomodações para as moças. Elas chegam a pagar R$ 900 por semana para as cafetinas. Três garotas registaram queixa desses abusos na 3ª DP de Brasília.
