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Brasília

Ex-empregado que denunciou esquema do clã retirava até 93% do salário em dinheiro

De acordo com dados da quebra de sigilo bancário de Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, ele sacou R$ 6.618,55 no dia 9 de fevereiro de 2007, quando trabalhava como assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj. O valor representou 93% do seu salário dos dois primeiros meses de 2007, como parte do esquema das rachadinhas

Flávio Bolsonaro, Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, e Marcelo dos Santos, que assessorava o senador (Foto: Divulgação / Reprodução)
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247 - Dados da quebra de sigilo bancário de Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), comprovaram que ele fazia saques em dinheiro vivo de até 93% da sua remuneração dias depois do pagamento. O ex-assessor já havia admitido que era obrigado a devolver parte dos salários. Santos esteve lotado no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) entre 2003 e 2007.

De acordo com informações do jornal O Globo, o salário líquido de Marcelo como assessor da Alerj era de aproximadamente R$ 3.500,00 no ano de 2007. Ele recebeu pagamentos de suas remunerações na Alerj em 9 de janeiro e em 8 de fevereiro. No dia 9 de fevereiro, Marcelo sacou R$ 6.618,55, que representou 93% do seu salário dos dois primeiros meses de 2007.

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Em 8 de março, recebeu um pagamento de R$ 5.002,39 da Alerj. No dia seguinte, sacou R$ 1.625,00. Em 9 de abril, Marcelo foi remunerado em R$ 3.539,87 e sacou R$ 3.000,00 dois dias depois, o que representou 85% do salário.

No mês seguinte, Santos recebeu R$ 3.532,49 em 9 de maio e fez um saque de R$ 3.000,00 no dia 15. Em junho, fez quatro saques fracionados no valor de R$ 500,00 alguns dias após receber o salário. Em 9 de julho, recebeu R$ 3.532,49 e sacou R$ 3.000,00 no dia seguinte.

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Naquele ano, o último salário dele pago pela Alerj foi em 9 de agosto, no valor de R$ 3.532,49. Houve um saque de R$ 300,00 no dia seguinte e dois saques de R$ 500,00 no dia 21 de agosto.

Ex-assessora também confessou esquema

Não foi a primeira vez que um (a) assessor (a) admitiu o esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual. Ex-assessora do parlamentar, Luiza Sousa Paes confessou que nunca atuou como funcionária dele e também era obrigada a devolver mais de 90% do salário. 

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A ex-assessora apresentou ao Judiciário extratos bancários para comprovar que, entre 2011 e 2017, entregou por meio de depósitos e transferências cerca de R$ 160 mil para Fabrício Queiroz, apontado como operador do esquema de desvios de salários. 

Advogados de Flávio se manifestam

Ao comentar as declarações de Marcelo dos Santos, a defesa de Flávio Bolsonaro disse que "o parlamentar desconhece supostas irregularidades que possam ter sido praticadas por ex-servidores da Alerj ou possíveis acertos financeiros que eventualmente tenham sido firmados entre esses profissionais". 

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"O parlamentar sempre seguiu as regras da assembleia legislativa e tem sido vítima de uma campanha de difamação. Tanto a defesa quanto o senador desconhecem as afirmações de Marcelo Luiz Nogueira dos Santos", disseram os advogados.

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