Exclusivo: o parecer do Iphan que o Geddel tentou detonar
Proprietário de um dos 24 apartamentos de luxo do empreendimento La Vue —que não saem por menos de R$ 2,6 milhões cada—, o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) tentou usar sua influência política como um dos homens fortes do governo de Michel Temer para eliminar uma decisão da chefe do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Kátia Bógea, que embarga a obra; documento do Iphan, entidade máxima do patrimônio histórico do país, diz com todas as letras o que o espigão de mais de cem metros é: uma obra com "grande e prejudicial impacto negativo", "destituída de carga simbólica ou relevância funcional que sustente eventual tratamento de exceção"
Brasília 247 - Proprietário de um dos 24 apartamentos de luxo do empreendimento La Vue —que não saem por menos de R$ 2,6 milhões cada—, o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) tentou usar sua influência política como um dos homens fortes do governo de Michel Temer para eliminar uma decisão da chefe do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Kátia Bógea, que embarga a obra. O documento do Iphan, entidade máxima do patrimônio histórico do país, diz com todas as letras o que o espigão de mais de cem metros é: uma obra com "grande e prejudicial impacto negativo", "destituída de carga simbólica ou relevância funcional que sustente eventual tratamento de exceção".
A decisão do Iphan nacional derruba um parecer anterior a da superintendência da Bahia, que liberava a obra. De saída do ministério da Cultura, Marcelo Calero revelou que a razão de sua demissão foi justamente a pressão de Geddel para tentar influenciar a decisão do Iphan, subordinado ao ministério da Cultura, para a provar o empreendimento.
Técnico, o parecer do Iphan nacional levou em consideração estudos técnicos e do Instituto dos Arquitetos do Brasil (Seção Bahia), que ingressou com umaAção Civil Pública contra o Edifício La Vue.
Localizado na Ladeira da Barra, o La Vue fica próximo de áreas tombadas: Igreja de Santo Antônio, o Cemitério dos Ingleses, além dos fortes de Santo Antônio e Santa Maria. Um estudo técnico identificou que a construção do prédio causará um sombreamento na praia da Barra de 100 metros de distância e 40 metros de largura, principalmente de março a setembro, das 7h30 até 8h30.
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