Frejat aposta em tarifa de R$ 1 contra bilhete único de Rollemberg
Com o jingle "Eu ando de ônibus e vai melhorar, agora vou ter a Tarifa Frejat", o candidato do PR apresentou no horário político de ontem (16) os detalhes de sua proposta para redução de tarifas dos ônibus em todo o DF para somente R$ 1; nas redes sociais, o ex-secretário de saúde ataca o adversário Rollemberg (PSB) dizendo que o senador será contra por não ter experiência; o candidato do PSB, que defende o bilhete único, chamou a iniciativa de "eleitoreira"
Brasília 247 - O candidato ao governo do Distrito Federal Jofran Frejat (PR) vai hoje ao cartório da 504 sul, na Asa Sul, para um ato simbólico de campanha: o registro em cartório da "Tarifa Frejat", proposta polêmica e de grande impacto na cena política candanga. Com o jingle "Eu ando de ônibus e vai melhorar, agora vou ter a Tarifa Frejat", o candidato do PR apresentou no horário político de ontem (16) os detalhes de sua proposta para redução de tarifas dos ônibus em todo o DF para somente R$ 1. Com a marca "Tarifa Frejat", o ex-secretário de saúde se comprometeu a implementar a medida em seu primeiro dia de mandato, caso seja eleito.
"Não tem segredo, não tem mistério. Vamos tornar a tarifa bem mais barata e melhorar o transporte com isso. Vai haver menor presença de carros nas ruas, diminuindo a poluição e os engarrafamentos", afirma Frejat em seu programa de TV, no qual também promete ampliar a frota de ônibus do DF com mais 700 veículos.
Como informa o Jornal de Brasília, a ação foi motivada pela carta de um eleitor, que sugeriu que as passagens fossem zeradas. A proposta acabou rejeitada, mas Frejat convocou especialistas para buscar consenso sobre a estratégia para estimular o transporte público. A conta, de acordo com o PR, é simples: o GDF gasta R$ 90 milhões mensais para manter ônibus e metrô. Com a implantação da tarifa reduzida, o custo saltaria para R$ 112 milhões.
Os cálculos do PR incluem uma projeção de crescimento no número de usuários do transporte público. Hoje são feitas 1,1 milhão de viagens diárias, que passariam a ser 1,4 milhão. A arrecadação com IPVA, estimada em R$ 800 milhões anuais, seria usada para bancar o acréscimo nas despesas. Frejat também compara o modelo ao dos restaurantes comunitários, para os quais o cidadão paga R$ 1 e o GDF complementa com mais R$ 3.
Nas redes sociais, Frejat aproveita para atacar seu adversário, Rollemberg. Seguindo a estratégia de desconstrução adotada durante toda a campanha, segundo a qual o PR contrapõe a suposta falta de experiência do senador pessebista ao extenso currículo de Frejat, os posts que apresentam a proposta da tarifa de R$ 1 advertem o eleitor: "Rollemberg vai ser contra. Sabe por quê? Porque é bom pra você, mas é ruim para ele". Os posts dizem ainda que "pode surgir gente dizendo que não dá para fazer, mas isso a gente já esperava, afinal, só diz isso quem não tem realmente experiência. Porque essa é uma proposta que exige conhecimento para chamar de sua. Frejat chamou para si essa responsabilidade e vai cumprir esse compromisso com a população, avise às más línguas".
Contra-ataque
Rollemberg, que em seu programa de governo sugere a implementação de um bilhete único no DF, classificou de “eleitoreira” a ideia do adversário. Hoje pela manhã, o senador lançou nas redes sociais outra proposta de impacto. Os impostos locais dos remédios serão devolvidos ao consumidor via Nota Legal, quando o consumidor informa o CPF no momento da compra. "Isso representa 17% do total de impostos sobre medicamentos. Também criaremos a Farmácia Popular, com mais de 50 remédios grátis", diz o post de Rollemberg.
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