Fundo oferece linha de crédito para produtores
Produtores rurais do Distrito Federal e do Entorno podem financiar até R$ 200 mil — com vantagens, como carência e desconto sobre os juros — por meio do Fundo de Desenvolvimento Rural. Com condições melhores do que no mercado, segundo o GDF, o fundo concede até três anos de carência, prazo para que o produtor comece a pagar as prestações; além dos juros baixos e das facilidades com descontos e carência, o chefe da Unidade de Gestão de Fundos da Secretaria da Agricultura, Jorge Carlos de Carvalho, afirma que “o fundo não exige que o produtor seja dono da terra”
Brasília 247 - Produtores rurais do Distrito Federal e do Entorno podem financiar até R$ 200 mil — com vantagens, como carência e desconto sobre os juros — por meio do Fundo de Desenvolvimento Rural. Com condições melhores do que no mercado, segundo o governo, o fundo concede até três anos de carência, prazo para que o produtor comece a pagar as prestações. Além disso, sobre os juros cobrados, de 3% ao ano, é dado desconto de 25% se as parcelas forem pagas em dia. Em caso de associações e cooperativas, o valor total de financiamento permitido sobe para R$ 500 mil, segundo a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. De 2004, quando o fundo começou a operar, depois de ter sido criado em 2000, até 2016, já foram financiados 320 projetos, somando R$ 20,8 milhões de recursos. Na linha social, em funcionamento desde 2013, a quantia disponibilizada é de R$ 6,7 milhões.
Além dos juros baixos e das facilidades com descontos e carência, o chefe da Unidade de Gestão de Fundos da Secretaria da Agricultura, Jorge Carlos de Carvalho, afirma que “o fundo não exige que o produtor seja dono da terra, o que geralmente é necessário em outros créditos”. Para tentar o financiamento, o produtor deve procurar uma unidade da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF).
Os valores podem ser usados na compra de bens, como fez Dorvalina Soares, de 58 anos, que adquiriu um trator para agilizar e ampliar os trabalhos na sua produção de orgânicos, em Planaltina. No caso de Dorvalina, foi a do Núcleo Rural Pipiripau. “Eles fizeram tudo, o projeto, a documentação”, conta a produtora.
Foi por meio da Emater que ela e vizinhos, do Assentamento Oziel Alves III, em Planaltina, visitaram a AgroBrasília, ainda em 2015. Lá, ela viu tratores expostos e buscou o financiamento por meio do fundo.
O crédito, de R$ 63 mil, saiu em seis meses, e o veículo chegou à propriedade em janeiro do ano passado. Ela se beneficiou da linha específica para implementação, ampliação e adequação de sistemas agropecuários orgânicos.
De acordo com o governo, entre os projetos financiados, 162 são de Planaltina, 65 do Paranoá e 30 de Brazlândia. “São regiões com maior área e mais quantidade de produtores, núcleos consolidados há muito tempo”, pontua. O benefício também atende o Entorno do DF.
Também estão na lista produtores de Ceilândia, do Gama, do Park Way, do Riacho Fundo, de Samambaia, de Santa Maria, de São Sebastião, de Sobradinho, de Taguatinga e de Padre Bernardo (Goiás).
A Lei Distrital nº 2.653, de 2002, que dispõe sobre a criação do Fundo de Desenvolvimento Rural, prevê diferentes tipos de recursos que podem compor o fundo. O principal, segundo Carvalho, é a quantia arrecadada pela concessão de uso ou arrendamento de imóveis rurais. Além disso, os valores das prestações pagas pelos produtores retornam ao fundo.
*Com assessoria
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