Gabriela Hardt cumpre ordem de Toffoli e suspende ações contra Tacla Duran
Segundo Dias Toffoli, decisões anteriores do STF determinando as suspensões das ações não estavam sendo respeitadas
247 - A juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou a suspensão de dois processos envolvendo o advogado Rodrigo Tacla Duran e determinou que cópias das ações sejam encaminhadas ao STF, atendendo à determinação do ministro do Supremo Dias Toffoli.
Dias Toffoli herdou a relatoria dos processos contra Tacla Duran do ministro Ricardo Lewandowski após a aposentadoria do magistrado. Segundo Dias Toffoli, decisões anteriores de Lewandowski determinando as suspensões dos processos não estavam sendo respeitadas.
Tacla Duran, que é réu por réu por lavagem de dinheiro em relação à então Odebrecht, denunciou ao antecessor de Hardt, o agora afastado Eduardo Appio, suposto esquema de extorsão durante a Operação Lava Jato, implicando o ex-juiz suspeito Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol no caso.
Tacla Duran contou que, em 2019, fez um pagamento inicial de US$ 612 mil a um advogado ligado a Sergio Moro, chamado Marlus Arns, que havia trabalhado com Rosângela Moro, esposa do ex-juiz.
Na época, Duran relatou ter sido abordado por Carlos Zucolotto Júnior, então sócio de Rosângela Moro, para efetuar um pagamento "por fora" e obter um acordo de delação premiada.
O advogado entregou à Justiça fotos e gravações que, segundo ele, comprovam suas acusações. Devido ao "grande poder político e econômico dos envolvidos", Tacla Duran foi incluído no programa federal de testemunhas protegidas. Atualmente, ele reside na Espanha.
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