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Governadores e prefeitos que foram à Paulista são "cúmplices do golpe", diz líder do governo Lula na Câmara

José Guimarães diz que vai trabalhar para vetar alianças municipais entre PT e PL nas eleições deste ano: “não podemos fazer aliança com quem atenta contra a democracia"

José Guimarães, Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Reprodução/X)

247 - Líder do governo na Câmara, o deputado federal e um dos vice-presidentes do PT José Guimarães (CE) anunciou uma proposta para proibir alianças entre seu partido e o PL de Jair Bolsonaro nas eleições municipais deste ano. Em uma reunião da Executiva Nacional do PT nesta segunda-feira (26), Guimarães defendeu veementemente a medida, afirmando que não se pode estabelecer alianças com aqueles que ameaçam a democracia e o Estado de Direito. "Eu vou defender que o PT não faça aliança com o PL de Bolsonaro. Não podemos fazer aliança com quem atenta contra a democracia e o Estado Democrático de Direito", declarou Guimarães ao Estado de S. Paulo, referindo-se às investigações da Polícia Federal que implicam o Bolsonaro em uma tentativa de golpe de Estado.

Guimarães também criticou os governadores e prefeitos que compareceram ao pró-Bolsonaro no domingo (25), na Avenida Paulista, os chamando de "cúmplices do golpe". Entre os mencionados estão o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás) e Jorginho Mello (Santa Catarina).

A proposta de Guimarães também inclui a busca por um "pacto de não-agressão" entre os partidos da base de sustentação do governo Lula (PT) durante a campanha eleitoral. No entanto, ele reconhece que essa tarefa será difícil, especialmente diante das tensões políticas e das divergências ideológicas presentes no cenário atual.

O líder do governo pretende iniciar conversas com dirigentes de outras siglas aliadas, desde o Centrão até o PDT, para discutir a relação política em cidades com mais de 100 mil eleitores. Guimarães enfatizou a importância da unidade entre os partidos que apoiam o governo, destacando que a eleição não deve criar divisões irreconciliáveis. "No que não pudermos estar juntos, precisamos ter um pacto de não-agressão e uma convivência respeitosa. A eleição passa e o governo continua", ressaltou Guimarães, sublinhando a necessidade de uma abordagem pragmática e colaborativa no atual cenário político brasileiro.