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Inquérito de interferência de Bolsonaro fortalece diretor-geral e expõe racha na PF

Uma decisão do ministro do STF fortaleceu o atual diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, mas críticos afirmam que o dirigente coloca em xeque a independência da PF. Um exemplo de focos de tensão é o que envolve o delegado Franco Perazzoni, que conduziu investigação contra o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles

Diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino (Foto: Daniel Estevão/MJSP)

247 - A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de barrar a investigação de condutas do atual diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, no inquérito sobre a interferência de Jair Bolsonaro fortaleceu o próprio dirigente, mas também expôs racha na PF. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com policiais experientes, o diretor sinalizou que agia sabendo das possibilidades de respaldo externo. O chefe da PF foi secretário de segurança do STF durante a presidência de Dias Toffoli, de quem é próximo. 

Críticos da gestão, no entanto, afirmaram que o argumento de preservar garantias constitucionais são usados para justificar ações que tentam fragilizar a independência da PF e conter investigações para evitar desgaste com autoridades.

Um exemplo de focos de tensão é o que envolve o delegado Franco Perazzoni, que conduziu investigação contra o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. O policial tinha sido indicado para assumir um cargo na superintendência da PF do DF, mas foi barrado pela direção por realizar busca e apreensão contra o então titular do Meio Ambiente. O delegado continua com o inquérito.

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