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Brasília

Já imaginou o Eixão assim?

Governo recolhe dezenas de propostas para transformar a rodovia que corta Braslia numa avenida mais segura. Dentre as sugestes, instalao de semforos com faixas de pedestres e reduo de velocidade para 60 km/h. Faz sentido?

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Naira Trindade _ Brasília 247 – Semáforos com faixa de pedestres, muretas, redução de velocidade, aumento na fiscalização, revitalização das passagens subterrâneas. São muitas as propostas levantadas pelo grupo de estudos formado pelo vice-governador Tadeu Filippelli para transformar o Eixo Rodoviário numa pista mais segura para pedestres e motoristas. As ideias serão discutidas numa reunião agendada para quarta-feira (14). Divulgação do pacote de medidas do Eixão está prevista para o dia 20.

O governo pretende analisar todas as sugestões, inclusive as mais esdrúxulas. “Até mesmo os pontos de vista de leitores de jornais serão levados em consideração”, afirmou ao Brasília247 a diretora da Codeplan, Ivelise Longui. Fique à vontade, portanto, para contribuir. “Nada será descartado para que possamos finalmente dizer que tentamos de tudo para melhorar o Eixão.” Por serem sugestões soltas, Ivelise não sabe calcular quantas propostas o governo recebeu.

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Um dos principais itens do pacote de medidas será a educação no trânsito. Para Ivelise, o motorista precisa entender os riscos em ultrapassar a velocidade permitida de 80 km/h e o pedestre deve entender que não pode se arriscar ao correr entre os carros para atravessar as sete faixas de alta velocidade. “Assim como fizemos com a faixa de pedestre e o uso de cinto de segurança, devemos orientar pedestres e motoristas dos riscos ao desrespeitar as leis de trânsito.”

Consenso entre secretários de governo, arquitetos e urbanistas que integram o grupo, o aumento de fiscalização já começou a ser instalado no Eixo Rodoviário. Oito pardais estão sendo somados aos 23 existentes ao longo da via nos dois sentidos. Eles serão colocados nas chamadas “zonas cinzentas”, onde os motoristas conseguem ultrapassar a velocidade permitida. A partir de 1° de janeiro de 2012, serão 31 pardais, 34% a mais que a quantidade atual.

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Limite

A redução de velocidade da rodovia é outra questão debatida. “Se formos mexer na velocidade, qual seria o limite ideal?”, indaga Ivelise Longui. Professor de engenharia de trânsito da Universidade de Brasília (UnB), Artur Morais defende a diminuição para 60 km/h. “Sabe quanto tempo a mais o motorista demoraria para percorrer todo o Eixão se a velocidade fosse 60 km? Três minutos.” Ele explica que o tempo do percurso subiria de 10,5 minutos para 14. “Alguém perde algum compromisso nesse intervalo?”.

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O professor Frederico Flósculo, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, também considera necessária a redução de velocidade. “Quanto maior a velocidade, maior o baque”, calcula. Flósculo considera impossível dar certo a construção de uma railway – via expressa – cortando uma área urbana. Ele também defende o patrulhamento constante por policiais ao longo do Eixo.

A instalação de semáforos também está na pauta de discussões do grupo. A professora Sylvia Ficher, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, defende a instalação de um sinal luminoso com faixa de pedestres a cada 300 metros da rodovia. Seriam 46 sinais ao longo de toda a via. “Eles vão controlar o trânsito, que tende a se afunilar nos gargalos nos extremos do Eixo Rodoviário, porque seguram os carros e dão tempo de desafogar o fluxo e ainda ajudam o pedestre a atravessar.”

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Sylvia garante que não haveria congestionamentos na rodovia. Ela também critica a distância de 600 metros entre as passarelas subterrâneas e acredita que, mesmo revitalizadas, poderiam ser evitadas por parte da população por causa disso. “Em Brasília, os pedestres precisam caminhar muito, porque as distâncias são muito grandes.”

A proposta de revitalização das passagens subterrâneas prevê uma redução dessa distância de 600 metros para 410 metros. Para tanto, o governo pretende integrar as passagens com os corredores das estações do metrô. “Nós visitamos as passagens onde o metrô funciona e verificamos que as pessoas atravessam pelas passagens subterrâneas porque são mais largas e têm circulação de pessoas”, diz Ivelise.

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O primeiro passo definido pelo governo é fazer um concurso público para revitalizar os corredores. O projeto de reformulação prevê a retirada das curvas existentes nos finais dos túneis, iluminação constante e utilização de materiais de acabamentos que sejam fáceis de higienizar, além de instalação de câmeras de segurança. Basta saber se essas soluções vão resolver o problema do Eixão.

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