Justiça condena lobistas acusados de comprar Medidas Provisórias
Juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal em Brasília, condenou nesta quarta-feira, 4, nove acusados de "comprar" medidas provisórias nos governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff; MPs prorrogaram incentivos fiscais a indústrias automotivas instaladas no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste; empresário Mauro Marcondes Machado e o advogado José Ricardo da Silva, apontados como lobistas do esquema, foram sentenciados por associação criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
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Brasília 247 - O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal em Brasília, condenou nesta quarta-feira, 4, nove acusados de "comprar" medidas provisórias nos governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
O empresário Mauro Marcondes Machado e o advogado José Ricardo da Silva, apontados como lobistas do esquema, foram sentenciados por associação criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. O executivo Eduardo de Sousa Ramos, foi absolvido de todos os crimes a ele atribuídos.
Segundo o juiz, ficou comprovado que o grupo operou ilegalmente para viabilizar a edição, pelo governo, e a aprovação, pelo Congresso, de duas MPs que prorrogaram incentivos fiscais a indústrias automotivas instaladas no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste. O caso também foi investigado pela operação Zelotes, da Polícia Federal.
Mauro Marcondes Machado recebeu penas de 11 anos e oito meses de prisão, inicialmente em regime fechado, por associação criminosa, corrupção ativa lavagem de dinheiro. Ele é dono da Marcondes e Mautoni Empreendimentos, empresa que, conforme a denúncia oferecida pelos procuradores da República Frederico Paiva, Raquel Branquinho e José Alfredo de Paula, foi contratada pela MMC Automotores (fabricante Mitsubishi) para "comprar" as MPs. Mulher do lobista e sócia da empresa, Cristina Mautoni foi condenada a seis anos e cinco meses de reclusão por associação criminosa.
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