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Brasília

Lira cria 'salinha do orçamento secreto' para distribuir verbas a aliados antes das eleições

Lira ativou uma sala para acelerar a distribuição de verbas do orçamento secreto antes do fim do prazo para as eleições. Parlamentares formam fila para serem atendidos

Presidência, Reunião de Líderes. Dep. Arthur Lira PP - AL (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
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Sputnik - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), ativou uma sala no segundo pavimento de um prédio anexo à Casa para acelerar a distribuição de verbas do chamado "orçamento secreto" antes do fim do prazo para as eleições, revelou o jornal O Estado de S. Paulo, nesta sexta-feira (1º).

De acordo com a publicação, a "salinha", em corredor mal iluminado, conta com seis assessores de Lira, que atendem principalmente a pedidos de emendas de parlamentares da base aliada do governo de Jair Bolsonaro.

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O jornal aponta que a sala utilizada é o número 135 da ala B do Anexo II, no mesmo prédio em que funcionam colegiados como as comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Orçamento e Direitos Humanos, entre outras.

O Estadão escreveu que "nas tardes de quarta e quinta-feira, 29 e 30 de junho, a reportagem registrou filas de pessoas aguardando para ser atendidas" e que "o alto movimento [no segundo dia] contrastava com um Congresso às moscas".

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Segundo o jornal, deputados e assessores "corriam para liberar as verbas" antes deste sábado (2), quando se encerra o prazo da Lei das Eleições, que determina que as autorizações para os pagamentos das verbas devem ser suspensas.

No "orçamento secreto", o presidente da Câmara tem destinado recursos "de forma não igualitária" entre parlamentares, priorizando "apenas interesses eleitorais da base do governo", informou o Estadão. Em 2022, a quantia total liberada já é de R$ 16,5 bilhões, de acordo com a mídia.

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O jornal indicou que a sala começou a funcionar em abril, mas o movimento se intensificou nos últimos dias, após a operação da Polícia Federal que prendeu o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro. Em junho, "foram empenhados R$ 5,79 bilhões", de acordo com o Estadão.

O jornal lembra que há uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que questiona o novo dispositivo de distribuição de emendas, em uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), de número 854.

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