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      Lobista da SBM coloca PSDB em alerta na CPI

      Empresário Júlio Faerman é apontado como operador da holandesa SBM Offshore para obter contratos na Petrobras e, como depoente na comissão, poderia trazer a público contratos do governo FHC, uma vez que tem relações com a Petrobras há muito tempo; na sessão de hoje, o deputado Izalci chegou a ser chamado por Eduardo Jorge, homem forte do PSDB, para uma conversa particular num plenário anexo; Faerman, porém, decidiu ficar em silêncio e deverá ser convocado novamente

      Empresário Júlio Faerman é apontado como operador da holandesa SBM Offshore para obter contratos na Petrobras e, como depoente na comissão, poderia trazer a público contratos do governo FHC, uma vez que tem relações com a Petrobras há muito tempo; na sessão de hoje, o deputado Izalci chegou a ser chamado por Eduardo Jorge, homem forte do PSDB, para uma conversa particular num plenário anexo; Faerman, porém, decidiu ficar em silêncio e deverá ser convocado novamente (Foto: Gisele Federicce)
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      247 – O empresário Júlio Faerman, apontado como lobista da holandesa SBM Offshore para obter contratos na Petrobras no esquema investigado pela Operação Lava Jato, foi convocado a depor na CPI da Câmara nesta terça-feira 9, colocando o PSDB em alerta.

      Na sessão de hoje, Eduardo Jorge, homem forte do PSDB, foi ao plenário da CPI e chamou o deputado Izalci para uma conversa particular em um plenário anexo, dizendo que voltaria no fim da sessão. O cuidado tem uma explicação.

      A SBM já admitiu ter pago US$ 139 milhões em propina a funcionários da estatal. Mas Faerman tem relações com a Petrobras há muito tempo e, se decidisse falar, poderia trazer a público contratos também da época do governo Fernando Henrique Cardoso.

      O empresário, no entanto, decidiu ficar em silêncio, conforme permissão concedida a ele ontem pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal. Ao impetrarem habeas corpus à corte, os advogados de Faerman informaram que ele firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no dia 13 de maio.

      Confira abaixo reportagens da Agência Câmara:

      Empresário se recusa a responder perguntas na CPI da Petrobras

      O empresário Júlio Faerman, acusado de pagar propina a diretores da Petrobras por contratos celebrados entre a estatal e a empresa que representava no Brasil, a holandesa SBM Offshore, disse à CPI da Petrobras que vai exercer seu direito constitucional de permanecer calado.

      Faerman, no início do depoimento, leu um documento em que explica seus motivos. O empresário alegou que tem 77 anos, apresenta problemas respiratórios e cardíacos e lembrou que está negociando com o Ministério Público acordo de colaboração sobre as acusações de irregularidades praticadas na Petrobras.

      Faerman disse que foi contratado pela SBM em 1995 para ser representante da empresa no Brasil. Acrescentou que, desde então, seu trabalho "resultou em ganhos expressivos para a Petrobras", em referência ao fornecimento de navios-plataformas para exploração do petróleo em águas profundas.

      O empresário negou ser lobista e disse que não foi informado de sua convocação pela CPI em março – quando não foi localizado e chegou a ter prisão preventiva solicitada pelo presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB).

      CPI da Petrobras vai convocar Faerman novamente

      Faerman foi dispensado pelo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), depois que, amparado por uma liminar, se recusou a responder as perguntas. Motta, no entanto, deixou claro que ele será convocado a depor novamente assim que for homologado o acordo de delação premiada que Faerman negocia com o Ministério Público.

      Faerman compareceu à CPI amparado por um habeas corpus, concedido pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, que dava a ele o direito de não responder as perguntas. Um dos argumentos para a concessão do habeas corpus foi justamente o fato de o empresário estar negociando o acordo de delação premiada.

      O habeas corpus irritou os integrantes da CPI. "Nós temos o direito de interrogá-lo mesmo com o habeas corpus e mesmo que ele não queira falar", disse o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

      Já o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) achou insuficiente o compromisso de Faerman de comparecer à CPI se novamente convocado. "Temos que ter outras garantias, como uma tornozeleira eletrônica", disse.

      Passaporte

      Motta anunciou ainda que a CPI vai pedir à Justiça Federal do Rio de Janeiro, onde tramita processo contra o empresário, a apreensão do passaporte dele. Faerman mora em Londres e, em março, deixou de comparecer à CPI ao ser convocado pela terceira vez.

      Faerman, no início do depoimento, leu um documento em que explicou por que ele optava por permanecer calado. O empresário alegou que tem 77 anos, apresenta problemas respiratórios e cardíacos e que está negociando com o Ministério Público acordo de colaboração sobre as acusações de irregularidades praticadas na Petrobras.

      Faerman disse que foi contratado pela SBM em 1995 para ser representante da empresa no Brasil. Acrescentou que, desde então, seu trabalho "resultou em ganhos expressivos para a Petrobras", em referência ao fornecimento de navios-plataformas para exploração do petróleo em águas profundas.

      O empresário negou ser lobista e disse que não foi informado de sua convocação pela CPI em março – quando não foi localizado e chegou a ter prisão preventiva solicitada pelo presidente da comissão, deputado Hugo Motta.

      Filhos convocados

      Na próxima quinta-feira (11), a CPI pode aprovar a convocação dos filhos do empresário, Marcello e Eline Faerman, bem como do sócio Luiz Eduardo Barbosa.

      Há requerimentos ainda de quebra de sigilos bancário e fiscal das empresas de Faerman.

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