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Brasília

Mais serviços paralisados

Número de greves cresce no Distrito Federal. Nesta semana, servidores da CEB e da Novacap paralisam atividades. Em assembleia nesta quinta-feira, policiais civis decidiram continuar com serviços suspensos até a semana que vem

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Naira Trindade_ Brasília247 - Desde o segundo mês de gestão do governador Agnelo Queiroz pelo menos 13 greves foram realizadas no Distrito Federal. Nesta quinta-feira (03) foram os servidores da Companhia Energética de Brasília (CEB) e da Novacap que cruzaram os braços. Em assembleia em frente ao Palácio do Buriti, os policiais civis decidiram continuar com serviços suspensos até quinta-feira da semana que vem. Os trabalhadores da construção do Estádio Nacional – que negociam com o consórcio privado Brasília 2014 – também permanecem parados desde a semana passada. "Os atrasos nas datas de envio de propostas de reestruturação de carreira fazem o governo cair no descrédito com os servidores", sintetiza o presidente da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF), José Eudes de Oliveira Castro. Ele, que é do PT, partido do governador, defende a elaboração a longo prazo de planos de carreira para evitar que as inúmeras manifestações de trabalhadores prejudiquem os brasilienses. Desde o início do ano, Eudes calcula que pelo menos um milhão de brasilienses sofreram com a não prestação de serviços essenciais. "O diálogo por si só não resolve, é preciso que o governo elabore propostas a longo prazo para conseguir cumpri-las", diz. "Hoje o governo não cumpre as propostas porque as elabora muito rapidamente e sem um planejamento eficiente." Nesta quinta, os 1,5 mil servidores da Novacap decidiram paralisar o trabalho por 24h. Para o presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Governo do Distrito Federal (Sindser), Francisco Alves, não há como impedir que os serviços operacionais fiquem prejudicados durante a paralisação. A categoria quer a implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), reajuste salarial, revisão no valor de tickets, além da realização de concurso público. Uma nova assembléia na sexta (4) deve decidir se a categoria continuará em parada. Outra paralisação pode deixar os brasilienses no escuro. Os funcionários da CEB entraram hoje em greve por tempo indeterminado. A categoria reivindica melhoria do abono salarial, reposição salarial igualitária para todos os níveis da carreira e eleição de um funcionário do quadro para a direção da empresa. Hoje, a diretoria é composta por indicação do governador. O Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal (Stiu) rejeitou as propostas de 7,4% de correção salarial, abono salarial de R$2 mil e de talão extra de vale-alimentação no valor de R$ 700. O diretor do Stiu, Jeová Pereira de Oliveira, alegou que as propostas são insuficientes para a atual situação dos trabalhadores da empresa. Já o diretor de engenharia da CEB, que é ex-diretor do sindicato, Mauro Martinelli, reforça que apesar de não ser a melhor proposta, é a que se encaixa no orçamento da empresa. Em assembleia, às 15h, desta quinta-feira, os policiais civis decidiram continuar a greve, decretada no último dia 28 após duas paralisações de 72h. A categoria reivindica, desde abril, o cumprimento de um acordo firmado entre a corporação e o governo que garante o aumento do efetivo, plano de saúde e reposição da inflação. Professor de direito trabalhista da Universidade de Brasília, Victor Rusomano Junior defende melhores negociações para evitar a situação extrema. "Mesmo quando a greve afeta os interesses da população, ela é passível de ser exercida porque constitui de um direito legalmente e constitucionalmente preciso, mas a legislação estabelece a manutenção dos serviços essenciais para evitar prejuízos irreparáveis para a população e há a necessidade de intensificar nas negociações para tentar evitar tantas greves", diz. As greves repetem o que ocorreu entre 1995 e 1998, época em que Cristovam Buarque, que era do PT, governou o Distrito Federal. Mês passado, os professores cobraram o cumprimento de acordos feitos em março. A mobilização arrancou do GDF promessas como a volta da gestão democrática, reestruturação do plano de carreira e implantação do plano de saúde, mas, nada saiu do papel, segundo representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro). Metroviários, rodoviários, policiais civis, servidores do Departamento de Estradas de Rodagem, da saúde e até da tecnologia da informação já paralisaram as atividades este ano. O Brasília247 tentou falar com o secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, sobre as negociações e cumprimento dos acordos, mas nem ele, nem sua assessoria de imprensa deram respostas às ligações.

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