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Brasília

O caminho da luta contra a desigualdade social

No Brasil não abrimos mão da diminuição da desigualdade para crescer mais

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Os dados divulgados esta semana pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos - ONU-Habitat indicam ser o Brasil o quarto país mais desigual da América Latina em distribuição de renda. Isso demonstra que, apesar do crescimento econômico e dos esforços para a redução da pobreza durante os oito anos de governo Lula e um ano e meio de Dilma Roussef, ainda temos um longo caminho pela frente na batalha contra a desigualdade social.

Atrás do Brasil no aspecto desigualdade estão Guatemala, Honduras e Colômbia. É inegável, no entanto, a melhora da situação brasileira. De acordo com dados de 2009 apresentados pelo relatório "Estado das Cidades da América Latina e Caribe", o Brasil melhorou se comparado a 1990, quando tinha o maior índice de desigualdade da América Latina.

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O grande desafio da América Latina e Caribe neste momento é reduzir a pobreza num continente apontado pela ONU como o mais urbanizado do mundo, com quase 80% da população vivendo nas cidades. Pesa a nosso favor o fato de que embora estejamos na região mais urbanizada do mundo a densidade populacional é a mais baixa e o crescimento demográfico vem perdendo força nos últimos anos.

Mesmo assim a batalha brasileira é enorme porque dos 124 milhões de pobres em cidades latino-americanas, 37 milhões, ou seja, quase 30% deles, vivem no Brasil. Mas acredito estarmos no caminho correto.

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Numa das repercussões sobre o assunto vi uma análise com a qual concordo plenamente. O chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Neri, ao comentar o crescimento econômico do país , versus queda da desigualdade, disse que nós não crescemos como os tigres asiáticos, mas nossa desigualdade está em queda e que esse é exatamente o tempero brasileiro, ou seja, não temos um crescimento espetacular mas um crescimento a preços populares e surpreendentemente coerente.
Segundo ele, o que está acontecendo com China e Índia neste momento é algo parecido com o milagre brasileiro durante o regime militar, quando o país cresceu muito mas a desigualdade social aumentou.

No caso de Brasília, meu foco maior de preocupação, a cidade foi considerada como a quinta da América Latina com a menor distribuição de renda, e a quarta do Brasil, dentre as 24 do continente selecionadas para o estudo. Goiânia é a mais desigual seguida de Fortaleza, Bogotá, Belo Horizonte e Brasília.

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Estou certo de que se realizarmos uma pesquisa comparando o Plano Piloto com o Itapoã, no Paranoá, Sol Nascente, na Ceilândia, Porto Rico, em Santa Maria ou Arapoanga, em Planaltina, os atuais níveis de desigualdade seriam ainda mais assustadores.

Temos que nos envergonhar dos números que colocam Brasília como a quinta mais desigual mas temos também que dizer porque chegamos onde estamos. Somos resultado de anos de irresponsabilidades de governos e sociedade: bandidos vendendo lotes ilegais; cidadãos desonestos comprando mesmo sabendo que estão agindo fora da lei; governos com políticas eleitoreiras dando lotes em troca de votos para aqueles cidadãos que na sua simplicidade e ignorância acreditam que o Estado deve ser o grande provedor e que o voto é uma moeda de troca e não o mais básico ato político de regimes democráticos.

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Novas cidades, quando necessário, devem nascer limpas e planejadas com a infraestrutura adequada, ancoradas em políticas públicas de saneamento, transporte, segurança, educação e lazer, resultado de decisões políticas, orquestradas e discutidas com o apoio de toda a sociedade.

Dep. Chico Vigilante
Líder do bloco PT/PRB

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