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Brasília

“O Estado me torturou e me espancou, enquanto os ‘bandidos’ cuidaram de mim”, conta Rodrigo Pilha

“É tudo conversinha essa história de que o Estado faz alguma coisa para que a pessoa que cometeu crime seja reeducada”, contou Pilha, que foi preso após estender uma faixa com os dizeres “Bolsonaro genocida”. Assista

Rodrigo Pilha (Foto: Divulgação)
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247 - O ativista do PT Rodrigo Pilha, preso no Distrito Federal após estender uma faixa com os dizeres “Bolsonaro genocida” e depois torturado na prisão, contou exatamente o que passou enquanto esteve detido, em entrevista concedida à TV 247 e à Revista Fórum.

Pilha afirmou que o sistema penitenciário brasileiro é baseado na tortura e agressão, física e psicológica, e o comparou a masmorras medievais. Ele ainda chamou de “conversinha” a narrativa de que a prisão reeduca os detentos para que eles possam ser reinseridos na sociedade. “De tudo que eu estava passando, o que estava mais me agoniando era eu não poder falar, não poder contar o quão criminoso é o sistema penitenciário do Distrito Federal. Não estou acusando não, estou afirmando. Eu estou afirmando que o Estado pratica crime de tortura, de espacamento, de ameaça, de xingamento, que não dá a menor condição para as pessoas. O que o Estado faz é prender mesmo, é prender igual masmorra medieval, igual um campo de concentração. É tudo conversinha essa história de que o Estado faz alguma coisa para que a pessoa que cometeu crime seja reeducada”.

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Pilha também falou sobre a “ironia” que viveu enquanto esteve detido. O Estado, que é responsável pela segurança dos detentos, torturou Pilha, segundo relato próprio, enquanto os “criminosos” que lá estavam cuidaram dele. “Aquilo que é considerado o lixo social, os bandidos, os criminosos, foram humanos. Me abraçaram e falaram: ‘ninguém vai mexer com você aqui dentro não. Fica tranquilo’. Aí um lá de trás veio e disse: ‘toma essa camisa aqui, bicho’, e me deu uma camiseta. O outro me deu uma bermuda, sabe? Então o Estado, que tinha que fazer minha custódia e minha segurança, me torturou e me espancou, e os bandidos, perante os olhos dos conservadores, dos covardes, aquilo que é considerado o lixo social foram os que me abraçaram, me deram roupa”.

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