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OAB cria comissão para investigar escravidão de negros no Brasil

Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criou, hoje (3), a Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil, no âmbito da entidade, para investigar os fatos relativos à escravidão de africanos e seus descendentes; em sessão plenária, o conselho decidiu encaminhar ao governo federal proposta de instalar a comissão da escravidão negra nos moldes da Comissão Nacional da Verdade (CNV)

Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criou, hoje (3), a Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil, no âmbito da entidade, para investigar os fatos relativos à escravidão de africanos e seus descendentes; em sessão plenária, o conselho decidiu encaminhar ao governo federal proposta de instalar a comissão da escravidão negra nos moldes da Comissão Nacional da Verdade (CNV) (Foto: Leonardo Araújo)
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Andreia Verdélio, repórter da Agência Brasil - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criou, hoje (3), a Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil, no âmbito da entidade, para investigar os fatos relativos à escravidão de africanos e seus descendentes. A intenção, também, é fazer um resgate histórico e da contribuição da população negra para o desenvolvimento do país.

Para o presidente do Instituto da Advocacia Racial e Ambiental, Humberto Adami, a comissão cria um espaço para a escravidão do negro ser passada a limpo. “Para que se consiga ver o que aconteceu, a tragédia e o holocausto do povo negro, do povo africano no Brasil, e a partir daí se possa buscar com mais firmeza a aplicação de política de ação afirmativa, para que os brasileiros que estão em uma situação de cidadão de segunda classe partam para a verdadeira igualdade”, disse.

Em sessão plenária, o conselho decidiu, ainda, encaminhar ao governo federal a proposta de instalar a comissão da escravidão negra nos moldes da Comissão Nacional da Verdade (CNV) que investiga as violações de direitos humanos durante o regime militar, entre 1964 e 1985.

Segundo Adami, além do resgate histórico, é possível discutir a reparação e avaliar as condições de desigualdade nos campos político, econômico, de mercado de trabalho, das questões quilombolas e das religiões de matriz africana. “Na verdade, você transforma e refunda a República ao trazer a reparação da escravidão para uma discussão franca e aberta, como tiveram os judeus, os japoneses da época do macartismo e outros grupos humanos que passaram por períodos de discriminação. Apenas para a população negra isso ainda não foi concedido”, disse Adami. Os membros da comissão da OAB devem ser escolhidos e nomeados até o próximo mês.

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