Planalto omite dados sobre encontros de Temer
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional), responsável pela segurança da Presidência da República, se recusa a fornecer informações sobre encontros de Michel Temer com delatores, mas responde quando o questionamento é relativo à ex-presidente Dilma Rousseff; Michel Temer já admitiu os encontros, que não constam em sua agenda oficial, nos dois casos. Temer afirma que, como foi parlamentar por muitos anos, não tem o hábito de registrar na agenda vários de seus compromissos
247 - Responsável pela segurança da Presidência da República, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) se recusa a fornecer informações sobre encontros de Michel Temer com delatores, mas responde quando o questionamento é relativo à ex-presidente Dilma Rousseff.
As informações são de reportagem de Eduardo Bresciani em O Globo.
"Em ambos os casos, os pedidos foram formulados com base na Lei de Acesso à Informação, tratam de reuniões supostamente ocorridas em residências oficiais do governo brasileiro e tem por base eventos passados e de conhecimento público.
Os pedidos em relação a Temer são sobre os registros da visita feita pelo dono da JBS, Joesley Batista, em março deste ano; e de Marcelo Odebrecht e Cláudio Melo Filho, em maio de 2014. O GSI usou uma resposta padrão nos dois casos, dizendo que “não divulga registros de entrada e saída aos Palácios do Jaburu e Alvorada por tratar-se de procedimentos operacionais, de acesso restrito a este Gabinete, que têm como objetivos viabilizar as agendas, oficiais ou privadas, do Presidente e do Vice-Presidente da República e atender necessidades relacionadas à administração, segurança e logística das residências oficiais”. As negativas foram em 12 de junho e reiteradas em 19 de junho, com a mesma resposta em recurso.
O próprio GSI, no entanto, respondeu a outro questionamento do GLOBO, em 5 de junho, sobre a existência de um registro de entrada da marqueteira Mônica Moura e de Giles Azevedo no governo Dilma Rousseff. “Este Serviço de Informação ao Cidadão do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República informa que não foram encontrados registros de acesso das duas pessoas nos períodos demandados”, respondeu o GSI. A reunião foi revelada pela própria Mônica Moura em sua delação premiada.
Michel Temer já admitiu os encontros, que não constam em sua agenda oficial, nos dois casos. Temer afirma que, como foi parlamentar por muitos anos, não tem o hábito de registrar na agenda vários de seus compromissos. Os registros de entrada, porém, seriam a única forma de descobrir oficialmente quanto tempo duraram determinadas reuniões e que pessoas participaram dela. O GLOBO já protocolou novos recursos contra as negativas do GSI."
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