Ela é uma histórica defensora da “cura gay” e chegou a ter o seu registro profissional cassado Conselho Regional de Psicologia do Paraná por misturar suas crenças religiosas com a ciência.
Diante de todo esse “exemplar” currículo como psicóloga, eis que surge agora mais uma informação sobre sua atuação “profissional”: foi ela quem assinou o laudo entregue à Polícia Civil em 2016 apontando que a jornalista Patrícia Lélis seria “mitomaníaca”, como uma forma de invalidar as acusações de abuso sexual que a jornalista havia feito contra o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), defensor notório da mesma “cura gay” defendida pela psicóloga.
Na época, a Polícia Civil divulgou o laudo sem revelar o nome da médica responsável e informando que Lélis havia sido consultada duas vezes pela profissional para que se chegasse a essa conclusão. À Fórum, Patrícia Lélis revelou que a psicóloga que assinou o laudo é a própria Marisa Lobo, a da “cura gay”, e que jamais foi consultada por ela.
Mais do que isso, Patrícia revelou que ela foi apresentada à psicóloga pelo próprio pastor que denunciou e que, pouco antes de fazer as acusações, foi procurada por Marisa, que a orientava a não revelar o suposto abuso e que dizia, ainda, que Feliciano “tinha problemas como mulheres” mas que, no caso de Patrícia, havia “se apaixonado”, em uma clara tentativa de encobrir o pastor, seu amigo pessoal.
O laudo foi anexado ao inquérito aberto contra Patrícia Lélis por tentativa de calúnia e extorsão contra Talma Bauer, assessor de Feliciano que teria mantido Patrícia em cárcere privado para que ela não revelasse os abusos. Patrícia, então, abriu um processo contra a psicóloga por conta do laudo e já provou na Justiça que não foi consultada por Marisa, já que sequer há sua assinatura no documento. O processo, bem como o do suposto abuso do pastor, ainda não foi concluído.