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Brasília

PSOL divulga lista de temas que nortearão discussões com PT em busca de aliança

O PSOL negocia com o PT o apoio a Lula, no entanto, estas propostas não se limitam a isso. Serão as propostas da legenda para todo o ano eleitoral

(Foto: PSOL)
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247 - O PSOL divulgou, nesta quarta-feira, 16, a lista de temas que nortearão discussões com o PT em busca de aliança em torno do ex-presidente Lula (PT). A direção do PSOL decidiu na última sexta-feira, 11, abrir negociações com PT, sem no entanto entrar na federação partidária costurada entre os petistas, o PCdoB, o PV e o PSB.

O PSOL criou comissão para negociar com o PT, composta pelo presidente da legenda, Juliano Medeiros, a deputada federal Taliria Petrone e Guilherme Boulos. 

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“O PSOL lançou nesta quarta-feira (16), com um ato na Câmara dos Deputados em Brasília (DF), a plataforma ‘Direito ao Futuro: diálogos para reconstruir o Brasil’, que sistematizará as propostas do PSOL para unir as esquerdas nas eleições de 2022 e construir um novo país que reverta o atraso promovido pelos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro”, diz comunicado no site do partido. 

Confira os temas pautados pelo PSOL:

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  1. Revogação das medidas implementadas após o golpe de 2016: Fim da reforma trabalhista, da reforma da previdência, do Teto de Gastos e outras medidas de desmonte de órgãos públicos, como o Ibama e a Funai, por exemplo.
  2. Enfrentamento à crise climática: Financiamento de transição energética, um novo modelo de desenvolvimento da Amazônia, desmatamento zero, respeito à natureza e garantia de direitos a povos indígenas, tradicionais e quilombolas, utilizando empresas públicas como a Petrobras e a Eletrobras para pesquisa e desenvolvimento de novas matrizes energéticas.
  3. Reforma Tributária em que os pobres paguem menos e os ricos paguem mais: Diminuição da taxação no consumo de bens essenciais e populares e foco na taxação de renda e propriedade, incluindo imposto sobre super-ricos/bilionários. Um amplo e robusto programa de transferência de renda para reduzir desigualdades no Brasil.
  4. Democracia direta, participação popular, transparência de gestão e combate à corrupção: Medidas concretas para promover maior controle e participação social nas decisões do Estado brasileiro, promovendo maior transparência na gestão pública e combatendo a corrupção diariamente.
  5. Aumento real do salário mínimo: Recomposição da renda de trabalhadores, aposentados e pensionistas. Políticas para reduzir a jornada de trabalho sem reduzir salários, com isso promovendo a criação de novos empregos, além de um programa de renda para o trabalho doméstico.
  6. Retomada do controle público da Petrobras: Interromper medidas de privatização da empresa, promoção de uma política energética voltada à soberania nacional e mudança da atual política de preços dos combustíveis.
  7. Mais dinheiro para promover direitos sociais: Ampliação do orçamento para saúde, educação, habitação, cultura e mobilidade, recuperando os níveis de investimentos em relação ao PIB anteriores ao golpe de 2016.
  8. Reforma agrária agroecológica e reforma urbana já: Desenvolvimento de um novo modelo de ocupação e uso da terra urbana e rural, centrado na reforma agrária agroecológica, com políticas de abastecimento e fortalecimento da CONAB para combater a fome, alcançar soberania alimentar e fortalecer a luta por moradia com políticas de estímulo à reforma urbana.
  9. Democratização da comunicação: Controle social sobre os monopólios da grande mídia, democratizando o acesso à informação, fomentando a comunicação comunitária e a expansão do acesso à internet de forma pública e gratuita a quem mais precisa.
  10. Mais direitos para as mulheres: Reconhecimento da maternidade como trabalho, inclusive no cálculo da aposentadoria, defesa dos direitos reprodutivos das mulheres e combate à violência de gênero.
  11. Combate à violência policial e ao super-encarceramento da população negra: Enfrentar o racismo estrutural no Estado, nas empresas e em organizações sociais.
  12. Políticas contra a LGBTIfobia: Promoção da diversidade sexual e de gênero, inclusive nas políticas habitacionais e de educação. Fortalecimento da atenção à saúde da população LGBTI+, com ênfase no processo transexualizador, na política de HIV/AIDS e de saúde mental, com ações setoriais LGBTI no Ministério de Direitos Humanos.

O PSOL negocia com o PT o apoio a Lula, no entanto, estas propostas não se limitam a isso. Serão as propostas da legenda para todo o ano eleitoral e, com base nelas, serão feitas as conversas com outros partidos.

O ato na Câmara dos Deputados que lançou as propostas contou com a presença de parlamentares do PT, PC do B, Rede e PSB, o pré-candidato do PSOL ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos, a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann e o presidente do PSOL, Juliano Medeiros.

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“Se há uma coisa certa é que não vamos sair desse atoleiro, dessa encruzilhada histórica que o Bolsonaro colocou o Brasil, sem estar aqui. A unidade é ponto de partida fundamental para que a gente derrote o Bolsonaro”, disse Boulos.

“A provocação que queremos fazer é iniciar o processo de diálogo com o conjunto das esquerdas brasileiras para que a gente possa pautar o debate em torno de um programa para superação da crise”, afirmou Medeiros.

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“Parabéns, PSOL. Vamos ainda conversar e discutir muitas coisas, mas precisamos estar unidos e com muita força”, destacou Gleisi.

O PSOL, no entanto, não deve fazer parte da federação partidária encabeçada pelo PT. As negociações do partido estão mais avançadas com a Rede.

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