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Brasília

"Que venha 2014", diz Claudio Monteiro

Secretário Extraordinário da Copa, Claudio Monteiro, faz balanço das marcas atingidas em 2013 e reafirma o legado que ficará para a capital com a Copa de 2014; estádio Mané Garrincha receberá número máximo de jogos

Brasilia, DF, Brasil, dd-mm-2013: . (Foto: Lula Marques) (Foto: Leonardo Attuch)
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ComCopa - Goleada na Copa das Confederações, palco intenso de jogos do Campeonato Brasileiro e dois grandes shows internacionais. Desde que foi inaugurado, em maio de 2013, o Estádio Mané Garrincha recebeu 27 eventos, entre jogos de futebol e shows. Em apenas seis meses de funcionamento, atraiu 640 mil pessoas – 300 mil a mais do que a antiga arena, que reuniu 340 mil em 36 anos.

Recorde de renda e público do Campeonato Brasileiro na partida entre Santos x Flamengo, o estádio também foi palco da conquista do tetracampeonato da Seleção Brasileira no Torneio Internacional de Futebol Feminino, que teve a participação de Chile, Canadá e Escócia.

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Visto e elogiado por autoridades, esportistas e jornalistas de todo o mundo, o novo Mané encantou alunos da rede pública de ensino e também brasilienses que participaram do GDF Junto de Você, projeto que levou comunidades do DF para conhecer de graça o mais novo cartão-postal da capital do país.

Para completar a comemoração, Brasília foi a cidade-sede com maior transparência nos investimentos para a Copa do Mundo da FIFA 2014™. O desempenho foi atestado em pesquisa do Instituto Ethos, associação de empresas criada em 1998 e comprometida com a sustentabilidade e com as responsabilidades ética, social e ambiental.

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Em entrevista ao Portal Brasília na Copa, o secretário Extraordinário da Copa, Claudio Monteiro, destaca que 2013 foi um ano de comemoração para o Mané Garrincha. E que o espaço mostrará seu alto potencial além da Copa.

2013 foi um ano de muitas conquistas no Mané Garrincha. Após a entrega da obra, em maio, pode-se afirmar que a arena já é um sucesso?

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Foi um ano de muito sucesso e de grandes emoções nesse estádio novo. Começando pela histórica apresentação de Elza Soares, cantando o Hino Nacional na inauguração, mais uma homenagem a seu companheiro por tantos anos, o Mané.

Ainda durante os eventos-teste, tivemos a emoção de realizar a última partida do atacante Neymar, pelo Santos, que jogou contra o Flamengo em um jogo que alcançou a maior renda do Campeonato Brasileiro de 2013, de R$ 6,9 milhões. O público, de 63.501 pagantes, também foi o maior da competição, mostrando que o Mané Garrincha tem total viabilidade e já afastou as previsões pessimistas de que seria um elefante branco.

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A abertura da Copa das Confederações da FIFA™, com Brasil x Japão, foi o maior teste para o estádio. Como o senhor avalia o desempenho?

Temos orgulho em dizer que foi no Mané Garrincha que a Seleção Brasileira estreou uma campanha vitoriosa, que levou à conquista do tetracampeonato na Copa das Confederações. Isso sem falar que vencemos por 3 x 0 diante de um público de 67.823 pessoas. Como se não bastasse, o gol de Neymar, que abriu a goleada contra os japoneses, concorre como o mais bonito do ano pela FIFA. Testamos procedimentos e tivemos a chance de fazer ajustes fundamentais para 2014, quando mostraremos ao mundo todo o nosso potencial.

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Fora de campo, também nos preocupamos com a mobilidade urbana e segurança. Foi um grande teste e estou convicto de que passamos. Agora nos preparamos para receber mais turistas e oferecer toda a infraestrutura de qualidade para eles. No entanto, o governador Agnelo Queiroz quer mesmo preparar a cidade é para os brasilienses. Tudo que estamos fazendo é para entregar uma cidade melhor para nossa população, para que ela tenha orgulho de ser anfitriã da Copa.

O estádio ainda precisa de ajustes ou melhorias?

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O Estádio Mané Garrincha já está em pleno funcionamento e produzindo resultados positivos para Brasília. Mas o que os brasilienses precisam entender é que a cada evento testamos mais a arena. Diferentemente da maioria dos estádios que sediarão jogos da Copa do Mundo, o nosso foi totalmente reconstruído como arena multiuso para atender às demandas da cidade.

Eventualmente podem surgir alguns problemas, mas o estádio tem cinco anos de garantia junto ao consórcio responsável pela construção. Enfrentamos um evento sob forte chuva e apareceram goteiras, durante a final do Torneio Internacional de Futebol Feminino. Foi mais um teste. O GDF já tomou as providências junto ao consórcio. Cobramos um laudo técnico e exigimos que a empresa faça os ajustes. E o que deve se deixar muito claro é que o reparo será feito sem nenhum custo para o GDF.

E as condições do gramado do Mané Garrincha?

A grama do nosso estádio é de alta qualidade e passou por um momento de maturação e adaptação ao clima de Brasília. Estava muito nova na época da Copa das Confederações. Mas cumpriu sua missão. Hoje a realidade é outra. A cada dia está melhor. Tanto que fomos procurados para sediar aqui grandes jogos.

Diariamente, o gramado passa por uma manutenção rigorosa que inclui procedimentos, como o corte, a adubação e o plantio de mudas. O nosso plano de manutenção foi aprovado em avaliação técnica feita pela FIFA. Atletas e comissões técnicas também aprovaram.

No amistoso entre Brasil e Austrália, em setembro, não houve qualquer crítica ao gramado, que também foi muito elogiado agora em dezembro pela Seleção Brasileira feminina de futebol, durante o torneio internacional. O técnico Márcio Oliveira afirmou que o Mané Garrincha tem um excelente campo e a própria mídia divulgou informações positivas a respeito. Posso afirmar que teremos um gramado ainda melhor em 2014, nos sete jogos da Copa do Mundo que serão jogados em Brasília.

O Mané Garrincha teve uma agenda de shows, incluindo Beyoncé, Aerosmith e Whitesnake. Essa programação cultural comprova o potencial multiuso do estádio?

A principal proposta foi justamente mostrar que essa é uma arena multiuso. Isso significa incluir Brasília no cenário dos grandes eventos internacionais. A capital do país não podia mais ficar sem um espaço como esse para proporcionar lazer e entretenimento à população e promover o desenvolvimento econômico e social da cidade. Nossa capital tem uma das maiores rendas per capita do país, público para eventos, mas não tinha opções tão ambiciosas de jogos de futebol e espetáculos.

Agora, temos todos esses ingredientes que, somados, têm como resultado um impacto positivo na economia local, emprego e renda. Segundo a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), cada evento no Mané Garrincha movimenta R$ 12 milhões e gera cerca de 2 mil empregos. É ou não é um gol de placa para Brasília? Por isso, temos a função de movimentar a agenda do estádio e atrair cada vez mais o público.

O novo Mané Garrincha atraiu 640 mil pessoas nos primeiros seis meses, sendo que o antigo estádio reuniu 340 mil pessoas em 36 anos. Quais são os principais diferenciais da arena multiuso?

Brasília se destaca pela pluralidade de gostos e torcidas, com influências de todos os cantos do Brasil. Isso atrai públicos variados e, consequentemente, chama a atenção dos produtores, que nos procuram para realizar os eventos em um local amplo e com segurança. O estádio é multicultural e cumpre o papel de oferecer um espaço de alto nível para todo tipo de jogo ou show.

O estádio já consolidou a vocação para atrair eventos em Brasília, sejam esportivos ou culturais. Antes esses shows ficavam sempre na rota Rio-São Paulo. E Brasília, por ser a capital do país, precisava de um local para receber esse tipo de evento. Isso beneficia a população pela oportunidade de ir a grandes eventos, pela geração de postos de trabalho e também pelos investimentos que a cidade recebe, já que a taxa de ocupação cobrada dos organizadores é revertida aos cofres públicos.

O estádio também abriu as portas para comunidades com o projeto GDF Junto de Você. Qual a importância dessas ações?

Com iniciativas assim, o Mané Garrincha cumpre a função de um espaço democrático. A parceria entre a Secretaria Extraordinária da Copa e a Secretaria de Educação permite que jovens de escolas públicas tenham acesso a grandes eventos. Já o projeto GDF Junto de Você traz a população para conhecer vestiários, gramado, arquibancadas, banco de reservas e Tribuna de Honra da arena.

Com isso, mais de mil moradores de São Sebastião, Ceilândia, Sobradinho, Sobradinho II, Fercal, Planaltina e Gama estiveram no estádio. O GDF Junto de Você ainda inclui a prestação de diversos serviços de órgãos do governo na própria região durante os três dias do projeto. Com certeza, vamos dar continuidade aos dois programas.

O estádio também tem um conceito sustentável, como doação de materiais a recicladores de lixo, sistemas de reutilização de água, aproveitamento da energia solar e o projeto Escolas da Copa. Em que sentido isso difere o Mané Garrincha da maioria das arenas?

O estádio atende a vários critérios sustentáveis, tanto que poderemos ser o primeiro estádio do mundo a conquistar o Leed Platinum, certificação máxima de sustentabilidade em edificações. No projeto Escolas da Copa, o GDF vai reutilizar 2 mil toneladas de estruturas metálicas temporárias usadas na obra do Mané Garrincha na construção de escolas até 2014.

Em princípio, serão 10 novas unidades em várias regiões do DF, o que vai ampliar a capacidade de atendimento e ajudar a consolidar a educação integral por aqui. Isso sem falar na economia de 40% em cada construção. Esse projeto é mais uma prova de que a Copa do Mundo não se limita a estádio e futebol. Isso mostra o patrimônio social que a arena está deixando para todos os brasilienses.

Brasília já está preparada para a maior festa do futebol mundial?

Assim como já foi dito pela presidenta Dilma Rousseff, durante a cerimônia do sorteio dos grupos, tenho certeza de que faremos a melhor Copa do Mundo de todos os tempos. Em Brasília, existe um trabalho intenso de diversos órgãos do GDF, como Secretarias de Transporte, Segurança, Turismo, Trabalho, Cultura, a CEB, entre outros, para preparar a cidade para o evento.

Milhares de pessoas receberam capacitação em áreas como hotelaria, turismo e idiomas por meio do Qualificopa. Também estamos reforçando a rede de hospedagem, com ampliação de leitos nos hotéis e o lançamento do Cama e Café, um programa alternativo em que donos de casas e apartamentos cadastrados vão receber turistas.

O público brasiliense pode esperar em 2014 a mesma agenda movimentada de 2013?

Além dos sete jogos da Copa do Mundo, obviamente o evento mais esperado do ano, entre 12 de junho e 13 de julho, o estádio será palco das duas partidas finais do Campeonato Brasiliense, nos dias 5 e 12 de abril, como anunciado há alguns meses. Esses jogos são uma forma de incentivar o futebol da cidade e a economia local. É mais um estímulo para jogadores e torcedores dos times do Candangão. Temos a promessa do retorno de jogos do Flamengo e pedidos de agenda para shows no segundo semestre de 2014.

O senhor considera que o Mané Garrincha é, de fato, um dos grandes legados desse governo e da Copa do Mundo da FIFA™?

O estádio faz parte de uma política pública mais ampla que prioriza a melhoria da qualidade de vida do brasiliense, com grandes investimentos em áreas prioritárias como Saúde, Educação e Mobilidade Urbana. Neste último setor, foi uma luta vitoriosa porque o GDF está entregando os ônibus novos que circularão nas cinco bacias do Distrito Federal. Também estão a pleno vapor as obras do Expresso-DF Sul, que ligará Santa Maria e Gama ao Plano Piloto, com um meio de transporte eficiente.

A ampliação do aeroporto também segue o mesmo ritmo, com melhorias que darão mais conforto a quem vier a Brasília para a Copa do Mundo, mas que depois ficará como legado para a população daqui. Até mesmo o fornecimento de energia elétrica está melhorando, com investimentos como o da Subestação Estádio Nacional, inaugurado em dezembro, que vai reforçar toda a região, e não somente o estádio.

E de que forma tudo isso beneficia a população do DF?

Todo esse esforço da preparação para o megaevento e a realização dos jogos em si estão gerando emprego e renda e estimulado o turismo. Efetivamente, o estádio é um instrumento de desenvolvimento econômico e social para o Distrito Federal.

É importante lembrar que, para cada R$ 1 investido na arena, o GDF garantiu outros R$ 3 para infraestrutura, mobilidade urbana e segurança. São melhorias que ficarão como legado dos grandes eventos para a cidade. Temos, portanto, um total de R$ 4 bilhões em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, que se somaram ao orçamento local destinado ao DF por ser Brasília cidade-sede da Copa do Mundo.

Brasília foi a cidade-sede com maior transparência nos investimentos para a Copa do Mundo da FIFA™. É o reconhecimento que faltava para passar cada vez mais credibilidade junto aos brasilienses?

Sem dúvida. Recebemos do Instituto Ethos nota 77,26 em uma escala de 0 a 100 – quase seis pontos a mais que a segunda colocada, Porto Alegre. Isso, com certeza, é um resultado que merece ser celebrado. O principal canal é o Portal Transparência na Copa, que reúne informações sobre as licitações, os investimentos e o andamento das obras ligadas ao Mundial.

O reconhecimento é algo muito positivo, mas não vamos parar de jeito nenhum. Para os próximos meses, o desafio é tornar o conteúdo cada vez mais acessível, com informações mais didáticas e disponíveis também em dispositivos móveis e outros idiomas. Isso já está sendo trabalhado pela Secretaria de Transparência e Controle do GDF.

A Secretaria Extraordinária da Copa é responsável pela execução do programa Fábrica Social, que qualifica profissionalmente pessoas de baixa renda. De que forma o projeto contribui para a redução da desigualdade social?

O projeto já beneficia mais de 1,2 mil pessoas. Estamos dando dignidade para essas pessoas, que passam a encarar o mercado de trabalho de cabeça erguida, conseguindo emprego por meio da especialização ou abrindo o próprio negócio. Todas as pessoas são inscritas em programas sociais do Governo Federal e do GDF e recebem um auxílio pelo que fabricam e ainda aprendem a gerir o dinheiro.

Os participantes aprendem a operar o maquinário e a produzir artigos esportivos, como bolas, redes, uniformes e mochilas que são doados a escolas e unidades de internação. Temos exemplos de pessoas que, em menos de dois meses, deixaram o programa porque surgiram oportunidades no mercado de trabalho. E para aqueles que pretendem investir no próprio empreendimento, o programa oferece o microcrédito produtivo (Prospera) da Secretaria de Trabalho, que permite, entre outros investimentos, o financiamento de máquinas.

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