Renan: "Essa coalizão do governo é capenga"
Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira que a coalizão do governo da presidente Dilma Rousseff "é capenga"; ele reclamou do que chamou de hegemonia do PT e disse que o PMDB não pode ser chamado apenas nos momentos difíceis; "Essa coalizão é capenga, porque o PMDB, que é o maior partido, do ponto de vista da coalizão não cumpre o seu papel. Você não pode ter um governo de um partido hegemônico, ter um partido que é o maior partido do Congresso Nacional como parte da coalizão sem que ele tenha papel na definição das políticas públicas"
Brasília 247 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira (24) que a coalização do governo da presidente Dilma Rousseff "é capenga". O parlamentar, cujo partido integra a base governista, reclamou do que chamou de hegemonia do PT e disse que o PMDB não pode ser chamado apenas nos momentos difíceis, mas tendo um papel de destaque na definição de políticas públicas.
"Essa coalizão é capenga, porque o PMDB, que é o maior partido, do ponto de vista da coalizão não cumpre o seu papel. Você não pode ter um governo de um partido hegemônico, ter um partido que é o maior partido do Congresso Nacional como parte da coalizão sem que ele tenha papel na definição das políticas públicas. Então é preciso aprofundar o ajuste, o setor público tem que pagar também uma parte da conta. Não dá para transferir essa conta para a sociedade", disse o peemedebista.
O senador defendeu ainda que o PMDB tenha maior participação na definição das políticas públicas. "Espaço (político) o PMDB tem demais, mas não é isso que aprimora, que dá fundamento à coalizão. O que dá fundamento à coalizão é você ter começo, meio e fim para o ajuste, para a produtividade, para antever as etapas. Eu acho que o papel do PMDB nessa hora é sobretudo formatar isso".
Segundo ele, o PMDB, como maior partido do Congresso, tem um "papel importante, insubstituível na coalizão e não apenas ser chamado nessas horas para fazer ajustes que não tem nem começo, nem meio e nem fim".
Renan Calheiros também disse que a reunião que teve com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ontem (23), serviu para discutir as medidas de ajuste fiscal que o governo federal pretende implementar.
"O ministro falou em R$ 80 bilhões, mas temos muitas preocupações. Nós temos R$ 240 bilhões de restos a pagar. O ajuste tem que cortar no setor público, a sociedade não entenderá se só a população mais pobre pagar a conta do ajuste, mas é preciso cortar também no setor público".
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