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      Toffoli faz balanço da eleição e defende teto para doações de empresas

      O ministro Dias Toffoli, que presidiu as eleições de 2014, defende as decisões tomadas pelo TSE para restringir ataques pessoais, propõe medidas para baratear o custo das campanhas e coibir doações privadas e condena a postura da revista Veja no processo eleitoral, ainda que de forma indireta; "Mas, veja bem, um veículo de comunicação como a Folha pode fazer editorial e colocar na Primeira Página em quem ela quer que vote. Agora, será que seria lícito para a Folha espalhar milhares de outdoors Brasil afora e colocar no dia de domingo propaganda de sua Primeira Página na TV e no rádio e ler o editorial? Ai já é abuso dos meios de comunicação"

      O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Antonio Dias Toffoli, concede entrevista à Reuters em Brasília nesta sexta-feira. 03/10/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Leonardo Attuch)
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      247 - Em entrevista ao jornalista Severino Mota, da Folha de S. Paulo, o ministro Dias Toffoli, que presidiu as eleições de 2014, fez um balanço positivo do processo eleitoral, mas defendeu aperfeiçoamentos para os próximos pleitos (leia aqui).

      Num dos pontos, ele defendeu restrições aos ataques pessoais. "O que é mais importante para sociedade e eleitor saber? Se o candidato tossiu, se o candidato tropeçou, se o candidato não tropeçou, ou saber se a politica social dele, a politica econômica, quem ele vai por na Fazenda?"

      Ele também condenou abusos dos meios de comunicação, numa referência indireta à revista Veja. "Mas, veja bem, um veículo de comunicação como a Folha pode fazer editorial e colocar na Primeira Página em quem ela quer que vote. Agora, será que seria lícito para a Folha espalhar milhares de outdoors Brasil afora e colocar no dia de domingo propaganda de sua Primeira Página na TV e no rádio e ler o editorial? Ai já é abuso dos meios de comunicação."

      Toffoli também defendeu medidas para baratear as campanhas. "Criar uma cláusula de desempenho, estabelecer tempo menor para a campanha e cuidar dos financiamentos dos partidos. Será que é possível empresa que pega dinheiro do BNDES a juros subsidiados doar para campanhas? Isso no mínimo é imoral. Agora, tudo quem tem que decidir é o Congresso. Estamos colocando o tema a debate público, mas mudanças cabem ao Congresso", afirmou.

      O ministro também se posicionou por um teto nas doações empresariais de campanha. "Doação de empresas que está em discussão no STF. Mas penso que até se pode discutir solução em conjunto com o Congresso que seja razoável. Com critérios e com limites e com valor máximo de doação. Um teto igual, para a grande empresa e pequena empresa doarem dentro do limite, R$ 15 mil, R$ 20 mil."

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