Tony Garcia entra no Twitter e propõe uma CPI da Lava Jato

"Poderemos passar essa fase do País a limpo", afirmou o empresário e delator

Tony Garcia (de óculos) e Sergio Moro
Tony Garcia (de óculos) e Sergio Moro (Foto: Divulgação)


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247 - O delator Tony Garcia defendeu nesta segunda-feira (5) que seja criada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, com o objetivo de apurar ilegalidades cometidas na Operação Lava Jato quando o atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) julgava processos em primeira instância.

"Sugiro a deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, que abram uma CPI ou CPMI com os fatos que venho revelando onde poderemos passar essa fase do País a limpo. Sei de sua luta durante o tempo em que o presidente Lula esteve preso indevidamente, ninguém melhor do que você", disse Garcia no Twitter. 

Em entrevista ao 247, nesta segunda (5), a deputada Gleisi Hoffmann (PR) cobrou investigação das denúncias sobre as ilegalidades cometidas pelo ex-juiz Sérgio Moro e por procuradores da Lava Jato, feitas pelo empresário Tony Garcia. O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) apresentou requerimento à Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados (CASP) para que o delator seja convidado a detalhar as denúncias. 

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Na última sexta (2), o delator afirmou ao 247 que, a mando do ex-juiz, foi instruído a forjar provas contra o ex-ministro José Dirceu. Também disse ter gravado ilegalmente o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. De acordo com o delator, Moro transformou "Curitiba na Guantánamo brasileira". O senador chantageou a rede Walmart, acrescentou o delator na entrevista. 

Além das revelações de Garcia, um parecer técnico do professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Pablo Arantes mostrou que era forjada a gravação entregue por Moro ao Tribunal Regional Federal (TRF4-RS) para afastar Eduardo Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), onde são julgados os processos de primeira instância jurídica da Lava Jato. 

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No TRF4 são julgados processos em segunda instância. No tribunal localizado no Rio Grande do Sul, quem ocupa um dos cargos é João Malucelli, sócio de Moro e de sua esposa, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), em um escritório de advocacia.

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