UnB altera contratos com empresas terceirizadas

Brasília 247 — Os contratos com as empresas prestadoras de serviço à Universidade de Brasília serão alterados para evitar os atrasos dos salários e a contratação indevida de funcionários. Os novos acordos têm mais quatorze itens. Um deles exige o pagamento de vale-transporte e auxílio-alimentação até o 1º dia útil do início da execução do contrato. A partir de então, os benefícios terão que ser repassados aos funcionários até o último dia útil do mês trabalhado. Hoje, cada empresa tem uma data diferente para pagamento dos tíquetes.

A empresa Ágil, que presta serviço de jardinagem e motoristas, questionou a data de pagamento de vales-transporte e alimentação. O diretor da companhia, Francisco Vianna, não ficou satisfeito com as mudanças. "Sempre pagamos todo dia 20 de cada mês, e mudar desrespeitaria a programação da empresa", reclamou.

Já a AST, responsável pelos serviços de limpeza e conservação, apresentou uma versão contraditória à apresentada pelos funcionários. De acordo com o gerente da empresa, José Marcos, os salários e os vales-transporte já haviam sido pagos. Os vales-alimentação, por sua vez, devem ser pagos até 15 de fevereiro. Os trabalhadores dizem que nem todos receberam o pagamento do salário deste mês, assim como a segunda parcela do 13º de 2011. A empresa teve o contrato suspenso.

Em relação aos salários, o novo contrato exigirá o pagamento até o 5º dia útil de cada mês. Os encargos sociais, como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, também devem ser descontados na data definida.

A PH Service, que presta serviço de portaria, informou que dará treinamento de pessoal e apresentará novos modelos de uniforme até 17 de fevereiro. A reclamação de falta de roupas de trabalho é constante entre os empregados.

A Monte Sinai, que atua no Restaurante Universitário, diz que já fez a contração dos 30 funcionários que faltavam. A empresa Patrimonial, que também presta serviço de portaria, garantiu já ter regularizado os pagamentos em atraso.

Um grupo de negociação entre empregados, donos das empresas e representantes da administração da UnB foi criada, em 17 de janeiro, para discutir os problemas trabalhistas. Uma vez por mês, o grupo se reúne.

Com informações da UnB Agência