Vigilantes e empresários negociam nesta tarde

Brasília247 — Mesmo com a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região de retomada de 60% dos vigilantes ao trabalho, sob pena diária de R$ 150 mil, a categoria mantém a greve iniciada na sexta-feira (27). Em assembleia no domingo (29), os trabalhadores decidiram continuar o movimento para pressionar as empresas à conceder reajuste salarial e outras melhorias. Na tarde de hoje (30), vigilantes e empresários têm outra rodada de negociações marcada para às 15h, no Ministério Público do Trabalho.

Os sindicalistas alegam que ainda não receberam a notificação do tribunal sobre a decisão, portanto, a ordem é desconsiderada por eles. Ao Correio Braziliense, o diretor do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF), João Vianney dos Santos disse que quando a notificação chegar, os trabalhadores vão cumpri-la.

Enquanto isso, 80% dos vigilantes que prestam serviço de segurança em órgãos públicos, como hospitais, e agências bancárias estão de braços cruzados. O movimento causa transtornos aos brasilienses que precisam ser atendidos. O governador Agnelo Queiroz avisou que poderá suspender contratos dos empresários com o governo caso a greve perdure. A paralisação dos trabalhadores afetou 55 empresas do setor.

No Distrito Federal há atualmente cerca de 20 mil vigilantes. Eles estão insatisfeitos com as atuais condições de trabalho. A categoria reivindica aumento salarial de 15%, pagamento de uma gratificação por risco de morte – prometido desde 2010 – e ticket alimentação, no valor de R$ 25 por dia. Os trabalhadores questionam o congelamento salarial e de benefícios, que não são revistos há 16 meses.