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Afirmação é um escândalo, diz líder do PSB sobre agressão de Bolsonaro ao presidente da OAB

Líder do PSB na Câmara, Tadeu Alencar, criticou as declarações de Jair Bolsonaro que disse que, “se o presidente da OAB quiser”, ele conta como “o pai dele desapareceu” durante a ditadura; "A afirmação é um escândalo, um imenso desrespeito, ainda mais saída da boca de um presidente da República", afirmou o parlamentar; “É difícil saber onde um país vai parar quando o seu presidente age do jeito que Bolsonaro age”, disse

Tadeu Alencar - PSB
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247 - O deputado federal Tadeu Alencar, líder do PSB na Câmara, criticou duramente as declarações do presidente Jair Bolsonaro que, em entrevista, disse que, “se o presidente da OAB quiser”, ele conta como foi que “o pai dele desapareceu” durante o regime militar. Para Bolsonaro, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, filho do desaparecido político Fernando Santa Cruz, “não vai querer saber” os motivos que levaram o pai a sumir durante a ditadura. “O pai dele integrou a Ação Popular, o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco, e veio a desaparecer no Rio de Janeiro”, afirmou Jair Bolsonaro. 

“O destino poupou Dona Elzita Santa Cruz, mãe de Fernando, de ouvir uma sandice dessa e sofrer ainda mais, ela que passou 43 anos à procura de notícias do filho. A afirmação é um escândalo, um imenso desrespeito, ainda mais saída da boca de um presidente da República que deveria pugnar pela paz no seu país e não disseminar esse discurso de ódio e intolerância”, pontuou o parlamentar socialista.

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“É difícil saber onde um país vai parar quando o seu presidente age do jeito que Bolsonaro age”, salientou Tadeu, que se manifestou solidário a Felipe Santa Cruz e a toda família de Dona Elzita Santa Cruz, que morreu no último mês de junho, aos 105 anos de idade. “Estou ao lado deles, de Felipe, de Dona Elzita e do vereador Marcelo Santa Cruz, meu companheiro de militância e amigo de longa data”, disse o deputado.

Fernando Santa Cruz desapareceu em 23 de fevereiro de 1973, em Copacabana, após ser preso junto ao também pernambucano Eduardo Collier Filho. Os dois pertenciam à Ação Popular Marxista-Leninista (APML) que, ao contrário do que disse Bolsonaro, não praticava a oposição armada ao regime militar.

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Depois de preso, Fernando e Eduardo desapareceram. A única notícia a respeito do paradeiro dos dois só chegou em 2014, no livro “Memórias de uma guerra suja”, do ex-agente do DOPS, Cláudio Guerra, que confessou ter sido encarregado de “sumir com 12 corpos” de militantes mortos sob tortura. Esses corpos teriam sido jogados em uma das caldeiras de uma usina de açúcar, em Campos, RJ. A saga de Dona Elzita em busca de informações sobre Fernando rendeu duas edições do livro “Onde Está Meu Filho?”.

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