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      Caso Ana Beatriz: bebê foi encontrado em armário com produtos de limpeza

      Corpo da recém-nascida foi achado em armário com produtos de limpeza após mãe mudar versão e revelar localização

      Bebê foi encontrado em armário com produtos de limpeza (Foto: Divulgação- Polícia Civil)
      Laís Gouveia avatar
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      247- A Polícia Civil de Alagoas investiga se a jovem Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, contou com ajuda de terceiros para esconder o corpo da filha recém-nascida, encontrada morta dentro de casa em Novo Lino, interior do estado. Segundo informações do g1, o corpo de Ana Beatriz foi localizado na tarde de terça-feira (15), enrolado em um saco plástico dentro de um armário junto com materiais de limpeza. A localização só foi possível após o advogado da família convencer a mãe a revelar onde havia deixado o cadáver.

      Eduarda foi presa em flagrante por ocultação de cadáver, mas a polícia trabalha com a possibilidade de que ela tenha cometido também o homicídio e que alguém possa ter ajudado na ocultação. Um dos pontos que levanta essa suspeita é o fato de que buscas anteriores feitas no imóvel, com auxílio de uma cadela treinada para localizar corpos, não encontraram vestígios da bebê no local onde ela foi posteriormente achada.

      “O animal se machucou durante as buscas e ficou com a pata sangrando. Ao lado desse móvel tem várias pisadas da cadela, mostrando que ela realizou todo o trabalho naquele móvel. Nós abrimos todas as portas, todas as gavetas da casa, guarda-roupas, armários, geladeira, freezer e nada foi encontrado. Então trabalhamos com a hipótese de, durante a madrugada ou no início da manhã, uma terceira pessoa ter retornado com esse corpo para aquele lugar”, declarou o delegado Igor Diego, responsável pela investigação.

      Segundo o delegado, a mãe da criança não passou a noite de segunda-feira (14) na residência, o que pode ter facilitado a entrada de outra pessoa no local. “A mãe pode ter se desesperado e pedido a ajuda de algum familiar para fazer isso. E, se aproveitando desse momento em que não havia ninguém na casa, ninguém na rua, porque a mãe da criança estava em outra região de Novo Lino, essa pessoa pode ter pego esse corpo e colocado no armário. São coisas que a investigação ainda vai trabalhar”, acrescentou.

      Versões contraditórias sobre a morte e o desaparecimento

      A conduta de Eduarda Silva chamou atenção desde o início das buscas. Ela apresentou pelo menos cinco versões diferentes para o desaparecimento da filha. Na primeira, disse que a menina havia sido arrancada de seus braços por quatro criminosos em um carro preto, em plena BR-101. A história gerou uma grande mobilização policial, inclusive em outros estados — um homem chegou a ser preso em Pernambuco sob suspeita de participação no falso sequestro, mas foi liberado.

      Depois, a mãe alegou que homens armados teriam invadido sua casa, a estuprado e levado a bebê. Nenhuma das versões foi confirmada pela investigação. Apenas com o avanço das diligências e o confronto com as contradições é que ela revelou ter escondido o corpo da filha dentro do próprio imóvel.

      Em relação à morte da bebê, Eduarda também apresentou duas versões. Na primeira, alegou que Ana Beatriz havia morrido de forma acidental, após se engasgar durante a amamentação na madrugada. Afirmou ter tentado reanimá-la, sem sucesso. Pressionada, ela mudou o relato e confessou que asfixiou a criança com um travesseiro.

      “Inicialmente, ela começou dizendo que estava amamentando, a criança teria tido um engasgo e ela teria tentado reanimar a criança e não teria conseguido. Posteriormente, ela mudou a versão afirmando que a criança não dormia, estava chorando bastante. (...) Ela não aguentava mais aquela situação, teria pego o travesseiro da criança e teria realizado a asfixia, matando a criança”, relatou o delegado Igor Diego.

      Corpo foi encontrado após confissão ao advogado

      O ponto de virada nas investigações aconteceu quando a mãe, em conversa com o advogado da família, admitiu onde havia escondido o corpo da filha. A polícia foi acionada pelo defensor e pelo pai da criança. Como a casa estava trancada, os agentes precisaram arrombar uma janela para ter acesso ao imóvel.

      Dentro do armário onde o corpo foi achado, também havia produtos de limpeza, o que pode indicar uma tentativa de disfarçar odores ou dificultar a localização do cadáver.

      As investigações continuam e agora buscam esclarecer se houve participação de terceiros na ocultação e se a mãe agiu premeditadamente. A Polícia Civil também deve solicitar exames periciais para confirmar a causa da morte da bebê.

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