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Nordeste

Cerco se fecha contra Lira: investigado do kit robótica também vendeu remédios a prefeituras do centrão sem licitação

Homem apontado como laranja é ex-sócio da Megalic e proprietário da Star Med, empresa que faturou R$ 8,5 milhões em contratos sem licitação na pandemia com municípios de Pernambuco

Arthur Lira (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Divulgação/Polícia Federal)
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247 - A Polícia Federal (PF) está investigando Denilson de Araújo Silva, de 51 anos, por seu envolvimento no esquema de superfaturamento de kits de robótica - que envolve aliados diretos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Em meio às investigações, descobriu-se que Denilson é proprietário da Star Medicamentos e Material Hospitalar Eireli, conhecida como Star Med, empresa que obteve contratos emergenciais no valor de R$ 8,5 milhões com prefeituras de Pernambuco entre 2020 e 2022, durante a pandemia. A informação é do portal UOL.

Os registros da Receita Federal confirmam que a Star Med está ativa, com um capital de R$ 150 mil, e Denilson Silva é o único sócio. No entanto, sua situação financeira não condiz com a de um empresário que possui contratos milionários com entidades públicas. Ele vive em uma casa modesta na periferia de Maceió e dirige um carro Focus 2007, que nem sequer está em seu nome. O único veículo registrado em seu nome é um Gol 1.0 de 2010.

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Além disso, Denilson foi sócio de Roberta Lins da Costa Melo na empresa Megalic, suspeita de ter vendido kits de robótica com superfaturamento, usando dinheiro proveniente de emendas de políticos do centrão. Denilson deixou a sociedade em julho de 2017 e foi substituído pelo marido de Roberta, Edmilson Leite Catunda Junior.

O relatório da PF menciona que a residência modesta de Denilson sugere que ele não seja um empresário legítimo, mas possivelmente uma pessoa usada como "laranja" no esquema. No ano passado, policiais estiveram em seu endereço e confirmaram que ele mora lá com sua esposa, que afirmou que ele trabalha como mecânico, o que reforça a suspeita.

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A Star Med foi fundada em julho de 2020, no início da pandemia, e começou a fornecer medicamentos e equipamentos hospitalares para várias prefeituras de Pernambuco sem passar por processo de licitação. A empresa fechou 24 contratos até 2022. As prefeituras de Palmares, Xexéu, Ribeirão e Carpina foram as que mais firmaram contratos com a Star Med, totalizando pagamentos de R$ 6,3 milhões. O UOL ainda aponta que, segundo as investigações, alguns desses contratos foram assinados pelo procurador da empresa, Rodrigo Lins Costa Melo, que é irmão de Roberta Lins Costa Melo, sócia da Megalic.

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