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Nordeste

“Foi ilusão achar que havia consciência democrática na elite”

Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), voltou a condenar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e disse que a elite brasileira possui "pouco apreço à Constituição e ao Estado de Direito"; segundo ele, a ascensão da direita é uma realidade crescente "e numa face muito bruta, sem vinculação até com valores tradicionais do discurso liberal"; nesta linha, o afastamento da presidente por meio do impeachment é um atalho para chegar ao poder; "Acham difícil pelas urnas, as pesquisas mostram. Qualquer programa hoje que seja apresentado à sociedade de cortes de gastos públicos, de cortar benefícios sociais etc., não terá aprovação popular. E aí estão tentando buscar um atalho, uma espécie de colégio eleitoral", destacou

Governadores do Ceará, Camilo Santana, do Maranhão, Flávio Dino, e do Piauí, Wellington Dias, assinaram nesta manhã a retomada da Rota das Emoções. Foto: Karlos Geromy/Secom (Foto: Paulo Emílio)
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247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), voltou a condenar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e disse que a elite brasileira possui "pouco apreço à Constituição e ao Estado de Direito". Segundo ele, "parte da classe média se espelha no 1% da população, nos magnatas, no grande capital, mas jamais vai chegar lá", disparou.

Em uma longa entrevista ao blog Socialista Morena, da jornalista Cynara Menezes, Dino destaca que o poder econômico está atuando "em bloco" pelo impeachment e que a presidente Dilma na tentativa de conseguir apoio, "desarmou o movimento popular. E acabou ficando pendurada na broxa, pendurada no pincel, porque a escada é o apoio popular. E na hora que perde, essa escada fica muito fragilizada".

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Para o governador, "a consciência democrática dessa classe dominante é ainda muito frágil. Há pouco apreço às regras do jogo. Quem está dizendo isso hoje é a imprensa internacional, quase caricaturando o que aconteceu no Brasil. Porque é muito estranho, até da ótica mesmo do capitalismo – da suposta segurança jurídica, da previsibilidade, que são os pilares da narrativa neoliberal do mundo –, é bastante esquisito o que aconteceu", analisou.

Para Dino, a ascensão da direita é uma realidade crescente. "E numa face muito bruta, sem vinculação até com valores tradicionais do discurso liberal. O discurso liberal que, poderia resultar na conformação do chamado centro ou centro-direita, pró-mercado, pró-indivíduo, contra o intervencionismo estatal, ele prescinde do respeito a certos princípios. Você tem certas fronteiras que um quadro como Ulysses Guimarães jamais ultrapassaria. E hoje não. Você tem, em termos globais, uma coisa de vale-tudo cujo sintoma mais escandaloso, mais obsceno, é o voto no Bolsonaro", disparou.

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Segundo ele, a derrubada de Dilma pela direita é uma questão de luta pelo poder. "Querem chegar ao poder, pura e simplesmente. Acham difícil pelas urnas, as pesquisas mostram. Qualquer programa hoje que seja apresentado à sociedade de cortes de gastos públicos, de cortar benefícios sociais etc., não terá aprovação popular. E aí estão tentando buscar um atalho, uma espécie de colégio eleitoral. É um colégio eleitoral que foi criado por dentro de um processo de crime de responsabilidade para chegar ao poder para fins privados, como a própria natureza dos votos mostra, e para parte da elite tentar conseguir fazer uma política econômica mais a seu gosto", observou.

Veja aqui a íntegra da entrevista.

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