Jornalistas Eduardo Reina e Camilo Toscano sofrem perseguição judicial por divulgar ilegalidades da operação Calvário na Paraíba
"Uma absurda e inaceitável tentativa de cerceamento à atividade jornalística", afirma a Rede Nacional de Proteção de Jornalistas
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247 - A Rede Nacional de Proteção de Jornalistas denunciou nesta sexta-feira (10) que os jornalistas Eduardo Reina e Camilo Toscano estão sendo processados civil e criminalmente pelo trabalho exibido no documentário jornalístico “Justiça Contaminada – O Teatro Lavajatista da Operação Calvário na Paraíba”.
O documentário expõe ilegalidades da operação que atingiu o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), a deputada estadual Estela Bezerra (PT) a ex-prefeita de Conde Márcia Lucena (PT) e outras pessoas ligadas ao grupo político de Coutinho. A operação Calvário investiga supostas fraudes e desvios na saúde e na educação da Paraíba.
Duas ações são movidas pelo desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB). Em uma delas, conforme determinação do juiz Adhemar de Paula Leite Ferreira Néto, da 3ª Entrância da Comarca de João Pessoa (PB), o documentário foi censurado e retirado das plataformas citadas na ação judicial. Uma segunda ação repete a mesma demanda, focando em dois episódios do documentário, mas as argumentações são idênticas às do primeiro processo.
"Não há dúvidas de que todo o processo movido contra Eduardo Reina e Camilo Toscano é, na verdade, mais uma absurda e inaceitável tentativa de cerceamento à atividade jornalística", afirma em nota.
"A Rede Nacional de Proteção de Jornalistas, liderada pelo Instituto Vladimir Herzog e pela Artigo 19, vem a público para repudiar a decisão da Justiça da Paraíba, que impôs a censura ao documentário “Justiça Contaminada – O Teatro Lavajatista da Operação Calvário na Paraíba”. Prestamos solidariedade a Eduardo Reina e Camilo Toscano e nos colocamos à inteira disposição para auxiliar na defesa dos jornalistas e seguir atuando para fazer com que as liberdades de imprensa e de expressão sejam verdadeiramente entendidas como pilares fundamentais para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito.
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