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Nordeste

Lançamento de selo comemorativo celebra centenário de Mãe Hilda Jitolu, matriarca do Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil

Cerimônia integra ciclo de atividades do Instituto da Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu em comemoração aos 100 anos da líder religiosa

Mãe Hilda Jitolu (Foto: Divulgação/Acervo Ilê Aiyê)
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247 - Como parte das comemorações do Centenário de Mãe Hilda Jitolu, importante líder religiosa de matriz africana que muito contribuiu para a valorização da cultura afro-brasileira, o Instituto da Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu lança na próxima sexta-feira (6), no Barracão do Acé Jitolu, no Curuzu, um dos bairros mais negros de Salvador, um Selo Comemorativo em homenagem à matriarca. O selo foi criado pelo artista plástico baiano Wilton Bernardo a convite do Instituto. 

“Celebrar o centenário de Mãe Hilda é fundamental pela importância que ela tem para a cultura baiana e para a religiosidade afro-brasileira. O trabalho dela contribuiu para a formação de crianças da comunidade do Curuzu e Liberdade. Sem ela o Ilê Aiyê não existiria. Ela deu a base para a criação do Ilê. Foi ela quem incentivou os filhos a criarem o primeiro bloco afro do Brasil”, lembra Valéria Lima, neta da religiosa e diretora-executiva do Instituto da Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu. 

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Mãe Hilda nasceu em Salvador, no dia 06 de janeiro de 1923, e em 1952 fundou o Terreiro Acé Jitolu, em um dos bairros mais negros da capital baiana, o Curuzu.  Foi neste espaço sagrado que ela lutou pelo povo negro, e onde nasceu o primeiro bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê, com sua grande contribuição. Mãe Hilda é Matriarca do bloco, e foi homenageada diversas vezes pela instituição.

A líder religiosa também é reconhecida pelo importante trabalho social que desenvolveu na comunidade. No mesmo local onde ergueu o seu terreiro, Mãe Hilda fundou uma escola em 1988, que levava seu nome. Assim foi responsável pela formação básica de milhares de crianças do bairro do Curuzu e adjacências, que naquela época não tinham acesso às séries iniciais. Apesar da escola funcionar em um templo religioso, sempre foi aberta à população de forma ampla, independente do credo. 

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Pertencente à terceira geração de mulheres negras influentes na família, Valéria é uma das responsáveis pela fundação, em 2022, do Instituto Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu. A organização feminista negra que tem como pilar a busca pelo acesso a direitos para meninas e mulheres cis e transexuais negras, tem como objetivo promover ações integrais, dentro dos princípios do Bem Viver, voltadas para a educação, direitos sociais e direitos humanos. 

“A criação do Instituto significa dar continuidade ao trabalho desenvolvido por ela, pela história que ela construiu. Somos a terceira geração de uma sequência de mulheres negras que, de alguma forma, contribuíram para um movimento nacional de valorização da mulher negra. Estamos aqui para continuar esse legado, para que mais meninas e mulheres tenham auto-estima, sejam valorizadas e se sintam pertencentes a esta sociedade tão excludente”, explica.  

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Valéria destaca, ainda, a importância de preservar a memória das mulheres negras.  “A nossa história precisa ser contada às novas gerações, para que se inspirem e acreditem em um futuro melhor. No atual cenário é fundamental desenvolver ações de geração de renda para as mulheres negras, tendo em vista que o acesso à alimentação e a itens básicos tem se tornado um desafio cada vez maior, principalmente para este público”, pontua. 

A atividade realizada pelo Instituto vai reunir representantes de organizações sociais, personalidades da cultura do estado, pessoas que conviveram com Mãe Hilda, lideranças de religiões de matriz africana,  representantes da comunidade e poder público, para juntos comemorarem o legado de Mãe Hilda. 

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O evento é reservado a convidados e será transmitido, ao vivo, a partir das 19h, através do perfil da TV Correio Nagô no Youtube (@tvcorreionago). 

A ação conta com o apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos e da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Governo do Estado da Bahia.

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