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Nordeste

Número de homicídios sobe 209% em 10 anos no MA

O número de homicídios no Maranhão aumentou 209,4% entre 2004 e 2014; é o que o Atlas da Violência 2016, estudo do IPEA e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FPSP), em primeiro lugar está o Rio Grande do Norte, com alta de 308%, seguido por Ceará (166,5%), Bahia (132,6%), Paraíba (114,4%) e Sergipe (107,7%); das 20 microrregiões mais violentas, 16 estão no Nordeste; o Brasil registrou a marca recorde de 59.627 mil homicídios em 2014, uma alta de 21,9%; no ano retrasado, cerca de 10% de todos os assassinatos no mundo ocorreram no País, deixando-o como campeão de mortes por homicídios, conforme o estudo

O número de homicídios no Maranhão aumentou 209,4% entre 2004 e 2014; é o que o Atlas da Violência 2016, estudo do IPEA e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FPSP), em primeiro lugar está o Rio Grande do Norte, com alta de 308%, seguido por Ceará (166,5%), Bahia (132,6%), Paraíba (114,4%) e Sergipe (107,7%); das 20 microrregiões mais violentas, 16 estão no Nordeste; o Brasil registrou a marca recorde de 59.627 mil homicídios em 2014, uma alta de 21,9%; no ano retrasado, cerca de 10% de todos os assassinatos no mundo ocorreram no País, deixando-o como campeão de mortes por homicídios, conforme o estudo (Foto: Leonardo Lucena)
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Maranhão 247 - O número de homicídios no Maranhão aumentou 209,4% entre 2004 e 2014. É que aponta o Atlas da Violência 2016, estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (IPEA) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FPSP), divulgado nesta terça-feira (22). Em primeiro lugar está o Rio Grande do Norte, com alta de 308%, seguido por Ceará (166,5%), Bahia (132,6%), Paraíba (114,4%) e Sergipe (107,7%). 

De acordo com o levantamento, a violência no Maranhão atingiu principalmente mulheres e homens negros. A violência de gênero foi maior os municípios de Açailândia, Balsas e Santa Luzia do Tide, que estiveram entre as 100 cidades brasileiras com os maiores índices de homicídios de mulheres. Segundo o Instituto, 87% das mulheres vítimas de violência no estado durante o período eram negras.

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Na Região Nordeste apenas o estado de Pernambuco teve redução, de 27,3%. Outros estados brasileiros se destacaram na redução de homicídios, como o Paraná, que registrou queda de 20,9%. Outros destaques foram Espírito Santo (-14,8%), São Paulo (-52,4%), Rio de Janeiro (-33,3%), Rondônia (-14,1%), e Mato Grosso do Sul (-7,7%).

Das 20 microrregiões mais violentas, 16 estão no Nordeste, que também possui sete entre as 20 mais pacíficas. Dentre as 20 microrregiões que apresentaram maior crescimento nas taxas de homicídios, 14 estão no Nordeste.

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Entre 2004 e 2014, a redução mais significativa da taxa foi observada em São Paulo (-65%), que tem quase 15 milhões de habitantes. Já o crescimento mais acelerado de homicídios foi observado em localidades interioranas, até pouco tempo atrás, bastante pacíficas. É o caso de Senhor do Bonfim (81 mil habitantes), na Bahia, que teve piora de 1.136,9% nos dados de violência, entre 2004 e 2014. Ainda assim, Senhor do Bonfim aparece com taxa de cerca de 18 homicídio por 100 mil habitantes, bem menor que a aglomeração urbana de São Luís (MA), com taxa de 84,9, primeira da lista das microrregiões mais violentas.

Dados nacionais

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O Brasil registrou a marca recorde de 59.627 mil homicídios em 2014, uma alta de 21,9%. A média de 29,1 para cada grupo de 100 mil habitantes também é a maior já registrada na história do país, e representa uma alta de 10% em comparação à média de 26,5 registrada em 2004. Cerca de 10% de todos os homicídios no mundo, em 2014, ocorreram no Brasil. Em números absolutos, foram 59,6 mil assassinatos, o que coloca o Brasil como campeão de mortes por homicídio. Por outro lado, entre 2010 e 2014, aumentou o número de estados com queda nas taxas de homicídios, passando de oito para 12 unidades federativas.

O resultado pode indicar, segundo a análise, “uma mudança no sinal da evolução dos homicídios no Brasil”, segundo a nota. Nos estados em que se verificou queda dos homicídios, o estudo identificou que políticas públicas qualitativamente consistentes foram adotadas, como no caso de São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

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Ações como a integração da Polícia Militar no Paraná e investimento nas polícias e prevenção social, no Espírito Santo, são algumas inovações e ações citadas como possíveis contribuições para a queda.

Morte de negros

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Entre 2004 e 2014, o estudo mostra que houve alta na taxa de homicídio de afrodescendentes (+18,2%) e diminuição no número de homicídios de outros indivíduos que não de cor preta ou parda (-14,6%). Em 2014, para cada não negro assassinado, morreram 2,4 indivíduos negros.

O estudo sugere que uma possível explicação para esse resultado é o fato de a taxa de homicídio ter diminuído mais nas unidades federativas onde há proporcionalmente menos negros, como no Sudeste e Paraná, e ter crescido nos estados com maior população afrodescendente, como em vários estados do Nordeste. Proporcionalmente, a violência contra a população negra é maior em quase todas as unidades da federação, à exceção de Roraima e Paraná.

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No Rio Grande do Norte, a taxa de vitimização de negros aumentou 388,8% entre 2004 e 2014. Por outro lado, houve redução de 61,6% na vitimização de negros em São Paulo, no mesmo período.

Violência de gênero

Treze mulheres foram assassinadas, por dia, em 2014. A taxa de homicídios entre mulheres apresentou crescimento de 11,6% entre 2004 e 2014. A distribuição dessas mortes aparece de maneira bastante desigual no país. Enquanto o estado de São Paulo reduziu em 36,1% esse crime – embora em ritmo menor que o registrado entre os assassinatos de homens, que teve redução de 53% – outras localidades apresentaram crescimento de 333%, como o Rio Grande do Norte.

No período de 2004 a 2014, 18 estados apresentaram taxa de mortalidade por homicídio de mulheres acima da média nacional (4,6), com destaque para Roraima (9,5), Goiás (8,8), Alagoas (7,3), Mato Grosso (7,0) e Espírito Santo (7,1).

O estudo reforça a importância de políticas públicas voltadas para o combate da violência contra a mulher, com ações específicas que considerem os vínculos estabelecidos entre a vítima e seu agressor, as relações de dependência financeira ou emocional, bem como as redes de atendimento e os serviços disponíveis para proteter e garantir a segurança dessas mulheres.

*Com informações da Agência Brasil

 

 

 

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