PF diz que bolsonarista André Fernandes "coadunou com a depredação do patrimônio público" no 8 de janeiro

Duas postagens feitas pelo parlamentar, segundo a Polícia Federal, deixam clara a intenção de Fernandes de "incitar a prática delituosa"

André Fernandes
André Fernandes (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)


247 - A conclusão da Polícia Federal é de que o deputado André Fernandes (PL-CE), um dos autores do pedido de CPMI dos atos golpistas, incentivou os crimes do dia 8 de janeiro, quando terroristas bolsonaristas vandalizaram os prédios dos Três Poderes, informa o Estado de S. Paulo. Em um relatório enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal destacou duas publicações feitas pelo deputado.

A primeira postagem ocorreu em 6 de janeiro, na qual Fernandes escreveu: "neste final de semana, haverá um protesto na Praça dos Três Poderes contra o governo Lula. Estaremos presentes!". Na segunda publicação, feita em 8 de janeiro, o deputado compartilhou uma imagem da porta do armário de togas do ministro Alexandre de Moraes, que havia sido arrancada e levada por golpistas. Junto com a foto, ele escreveu: "quem rir, vai preso".

De acordo com a Polícia Federal, enquanto a primeira postagem 'parece não ser explícita a incitação', na segunda 'depreende-se que o deputado coadunou com a depredação do patrimônio público praticada pela turba que se encontrava na Praça dos Três Poderes'. A Polícia Federal argumenta ainda que o deputado 'conferiu ainda mais publicidade' à depredação. "Restando, portanto, demonstrada sua real intenção com aquela primeira postagem, que era a de incitar a prática delituosa".

Na quarta-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que se manifestasse sobre as conclusões da Polícia Federal. O órgão tem 15 dias para enviar sua manifestação ao STF.

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