Roberto Rocha e João Alberto ajudam a livrar Aécio no Conselho de Ética
O conluio PMDB-PSDB mostrou força no Conselho de Ética do senado; o presidente do Conselho, João Alberto (PMDB-MA), garantiu os votos necessários para a vitória de Aécio Neves (PSDB-MG) e mesmo não precisando votar, afirmou que ele mesmo votaria contra a denúncia; a representação de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi arquivada no mês passado pelo presidente do colegiado, João Alberto Souza (PMDB-MA) por “ausência de provas”; Aécio, arquiteto do golpe, já foi acusado pela PGR de obstrução da Operação Lava Jato
247, com Blog do Clodoaldo Corrêa - O conluio PMDB-PSDB mostrou força no Conselho de Ética do senado. O presidente do Conselho, João Alberto (PMDB-MA) garantiu os votos necessários para a vitória de Aécio Neves (PSDB-MG) e mesmo não precisando votar, afirmou que ele mesmo votaria contra a denúncia. A representação contra Aécio por quebra de decoro parlamentar não foi desarquivada.
A representação de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi arquivada no mês passado pelo presidente do colegiado, João Alberto Souza (PMDB-MA) por “ausência de provas”.
Randolfe, com apoio de cinco senadores, recorreu da decisão por meio do recurso que será avaliado nesta quinta. Se aceito por maioria dos integrantes, o processo seria automaticamente reaberto. Roberto Rocha votou contra seu partido e a favor de Aécio. O placar da votação abaixo mostra bem de lado está Roberto Rocha.
O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) foi gravado pedindo propina de R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista. O tucano tratou a propina como venda de apartamento.
"Foi proposta, em primeiro lugar, a venda ao executivo de um apartamento de propriedade da família. O delator propôs, entretanto, já atendendo aos interesses de sua delação, emprestar recursos lícitos provenientes de sua empresa, o que ocorreu sem qualquer contrapartida, sem qualquer ato que mesmo remotamente possa ser considerado ilegal ou mesmo que tenha qualquer relação com o setor público. Registre-se ainda que a intenção do senador sempre foi, quando da venda do apartamento, ressarcir o empresário", disse ele, em nota.
O senador também sugeriu escolher delegados da Polícia Federal para estancar a Operação Lava Jato, na conversa com o empresário Joesley Batista, da JBS. O tucano também chama o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, de "bosta do caralho" (veja aqui).
Em maio, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) agiram "em articulação" para impedir o avanço da Lava Jato. "Verifica-se que Aécio Neves, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio de controle de indicação de delegados de polícia que conduzirão os inquéritos", afirma Janot, em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No caso de Temer, a delação dos donos da JBS, os empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley, apontou que o peemedebista indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Depois, o parlamentar foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. O empresário disse a Temer que estava dando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?".
Temer, através de sua assessoria, negou impedir o avanço da Lava Jato. Aécio, também por meio de sua assessoria, afirmou não existir qualquer ato dele, "como parlamentar ou presidente do PSDB, que possa ter colocado qualquer empecilho aos avanços da Operação Lava Jato". "Ao contrário, como presidente do partido, o senador foi um dos primeiros a hipotecar apoio à operação. Em todas as oportunidades em que ele se pronunciou publicamente apoiou o trabalho da Polícia Federal e, nas votações, defendeu medidas de combate à corrupção e o fim do foro privilegiado".
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