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Nordeste

Roseana Sarney é capaz de liderar uma reação?

Em vídeo, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, se diz "revoltada" com a morte da menina Ana Clara, incendiada num ônibus, e afirma que não se deixará "subjugar" pelo crime, mas pede ao povo maranhense que não "dê ouvidos a essa rede de boatos que tenta tumultuar o dia a dia do cidadão"; dois dias antes, em entrevista ao jornal da família, a segurança pública era apenas um detalhe em meio a outros temas, como os cuidados da governadora com a própria beleza; possibilidade de intervenção é crescente e ônibus continuam sem circular à noite; população amedrontada; vídeo

Em vídeo, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, se diz "revoltada" com a morte da menina Ana Clara, incendiada num ônibus, e afirma que não se deixará "subjugar" pelo crime, mas pede ao povo maranhense que não "dê ouvidos a essa rede de boatos que tenta tumultuar o dia a dia do cidadão"; dois dias antes, em entrevista ao jornal da família, a segurança pública era apenas um detalhe em meio a outros temas, como os cuidados da governadora com a própria beleza; possibilidade de intervenção é crescente e ônibus continuam sem circular à noite; população amedrontada; vídeo (Foto: Leonardo Attuch)
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Maranhão 247 - A governador do Maranhão, Roseana Sarney, fez um pronunciamento na noite de ontem, em que se disse "revoltada" com a morte da menina Ana Clara, vítima de uma ação criminosa de bandidos, que incendiaram um ônibus em São Luís – ato que levou o sindicato local a suspender o transporte público nas noites da capital maranhense.

No vídeo, ela afirma que não se deixará "subjugar" pelo crime e também pede ao povo maranhense que "não dê ouvidos a essa rede de boatos que tenta tumultuar o dia-a-dia da população". Assista, abaixo, ao pronunciamento:

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Roseana não deixou claro a que "boatos" se refere, mas provavelmente seu maior temor é a possibilidade de intervenção federal no Estado. Em entrevista ao Maranhão 247, Flávio Dino, adversário dos Sarney, afirmou que existem condições jurídicas para isso, embora reconheça não haver condições políticas (leia mais aqui) – a aliança com a família Sarney é, para o PT, peça-chave na costura do apoio do PMDB à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

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No pronunciamento, ela afirmou que os líderes dos ataques já foram presos, "em menos de 36 horas", mas a entrevista concedida por ela ao jornal da família Sarney no fim de semana provocou grande irritação nos meios políticos locais. Nela, segurança pública era apenas um detalhe, num depoimento em que ela falava até dos próprios cuidados com a beleza.

Confira abaixo um trecho e aqui a íntegra, disponibilizada pelo blog Marrapá e, abaixo, o trecho relacionado aos cuidados com beleza:

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Governadora, a senhora estava falando arrumando o cabelo. Dá tempo de manter a vaidade mesmo com tanto trabalho? A senhora cuida da alimentação? E como está a saúde?

Não muito, mas eu tento. Claro que mulher sempre gosta de se ajeitar. Eu não sou diferente de nenhuma mulher. Eu gosto de cozinhar, eu gosto de ser dona de casa, eu gosto de botar um arranjo de flor. Não gosto de quando fico mais gorda. Tudo isso é preocupação de mulher normal. Eu sou uma mulher normal como outra qualquer. A velhice está chegando. Então, eu tenho que me preparar, passar um creme melhor. Mas eu não tenho muito tempo. Essa é a realidade. Não sou extremamente vaidosa, mas eu sou cuidadosa comigo mesma. Não faço ginástica – uma falha que eu tenho, impressionante -, também não cuido muito da alimentação. A minha saúde não é das melhores. Até que com a velhice está melhorando, mas eu tento encarar com naturalidade, porque se não fosse assim eu seria o tempo inteiro uma pobre coitada e eu não quero ser isso.

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Diante desse contexto, é lícito perguntar, Roseana Sarney tem hoje a liderança necessária para comandar uma reação ao crime organizado? Ontem, em comentário no Jornal da Globo, a jornalista Renata Lo Prete falou da possibilidade de intervenção, levantada, em primeiro lugar pelo 247 (relembre aqui). Eis o seu comentário:

“Até a situação ficar insustentável, a governadora Roseana Sarney, do PMDB, se mostrava mais preocupada em refutar as críticas, de olho nos adversários da eleição de outubro, do que em encarar a gravidade do problema.

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Foi preciso lembrar a ela que o desgaste político será ainda maior se o Supremo Tribunal Federal aceitar um eventual pedido de intervenção no estado feito pelo procurador-geral da República.

Roseana está no segundo mandato consecutivo e não pode disputar um terceiro, mas o clã Sarney, aliado de primeira hora das gestões Lula e Dilma, há meio século no poder no Maranhão, terá um representante na sucessão de Roseana. Representante que vai enfrentar Flávio Dino, do PC do B, presidente da Embratur, e líder nas pesquisas.

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A situação é ruim para Roseana, reprovada hoje por quase metade do eleitorado, mas é delicada também para o governo Dilma, porque o PT ainda está dividido sobre abandonar ou não o clã Sarney. Uma intervenção federal no estado seria algo muito mais custoso, sob todos os aspectos, do que o envio da Força Nacional e a remoção de presos”.

A questão é: até que ponto o PT e o governo Dilma levarão adiante sua aliança a família Sarney?

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